Após a queda da mítica Atlântida, poderes são aprisionados no Cometa-Prisão e a libertação deles dão início a uma nova ordem.
 
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 Episódio 08 - A Torre Táumica

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Lahyla
Tyler Greymane
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MensagemAssunto: Episódio 08 - A Torre Táumica   Episódio 08 - A Torre Táumica EmptyQua Set 29, 2021 10:29 am

Depois de perder Za-Har e um dos artefatos que abriria o Ovo Solar, Yaset faz uma retirada estratégica até o reino de Kitok, acompanhada de seus padrinhos. Haermys revela-se como o pai da regulana e a leva até a sua antiga torre, um lugar seguro para manter a criança.


Última edição por Anfitrião em Seg Jan 10, 2022 4:03 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Episódio 08 - A Torre Táumica   Episódio 08 - A Torre Táumica EmptyTer Nov 02, 2021 12:32 pm

ENCONTROS E DESENCONTROS

Atlântida, 1916.

Meses antes, Za-Har, o escolhido herdeiro de Atlântida, perdeu sua vida quando se reunia com sua noiva e estrangeiros trazidos por ela até o Palácio Real. A movimentação estranha chamou a atenção dos guardas que, imediatamente, avisaram Tihumla, o antigo regente e atual sucessor do trono atlante, desafeto de Za-Har na disputa pela governança de Atlântida. Acompanhado por um pequeno batalhão, liderados pelo tubarão Nick-Ahnor, um guerreiro corpulento que faz parte da elite dos atlantes, Tihumla viu o corpo morto do regente nos braços de Yaset. Para ele, aquilo era a prova máxima de traição, mas, mais ainda, era a oportunidade de se livrar da alada que cativou o coração de Za-Har. Imediatamente, ela e seus companheiros teleportaram-se para a terra seca, deixando para trás o regente e sua espada sagrada. Porém, sua coroa havia sido levada. Nick, instintivamente, absorve o cheiro de Yaset em suas memórias, onde quer que ela estivesse, ele a reconheceria e a caçaria.
Dias depois, de luto, a população seguiu em cortejo fúnebre levando o corpo do rei até o Panteão de Heróis. Lá, a sua escultura estava pronta. Za-Har foi o regente que menos tempo viveu, tendo governado Atlântida por apenas cinco anos. Luto oficial foi declarado e, no seu discurso de volta a regência, Tihumla culpou o povo da superfície, inflamando a população a odiar as pessoas das terras secas, mas, principalmente, Yaset. Nick-Ahnor é um desses, já que seus próprios olhos gravaram a cena da traidora segurando o corpo morto.
O Conselho Atlante foi reunido mais uma vez. Tihumla convocou Marlim, o líder dos golfinhos e responsável pela comunicação com as massas; Stin, o líder dos espiões manta de Atlântida; Quelon, o sábio líder das tartarugas protetoras do reino; e Selako, o líder dos ferozes guerreiros tubarões. O quinteto julgou o que foi presenciado por Tihumla e os tubarões que o acompanharam, declarando Yaset e o povo da superfície que a acompanhava como culpados. Eles foram considerados criminosos fugitivos de Atlântida e deveriam ser culpados por seus crimes na cidade sob o mar. Quando Nick-Ahnor deu seu testemunho, de pronto se ofereceu para ser o caçador de Yaset. O Conselho concordou e a missão estava dada. Com o auxílio das informações e da magia dos tubarões, Nick partiu para sua caçada. Seu faro foi magicamente ampliado e demoraria algum tempo até que pegasse o rastro, mas conseguiria sentir o cheiro de Yaset onde quer que ela estivesse neste planeta.
***

As convocações de John Turk eram sempre enviadas repentinamente. Do nada, a imagem da cabeça flutuante do mestre de Tyler aparecia à sua frente. Embora tivesse sido contratado nas ruas Londres e levado a um hotel junto de sua companhia, composta por Roderick, Maya e Shang, Tyler sabia que o turco tinha um covil. Shang era o que mais sabia deste lugar e o que ele contava era de assustar. O mestre residia em um laboratório em Istambul, onde guardava uma coleção de livros e alguns artefatos, mas o mais impressionante eram os instrumentos de seus experimentos. Diversos frascos contendo líquidos estranhos e animais exóticos conservados eram ofuscados por uma grande tina repleta de um líquido verde borbulhante. Shang conta que morreu uma vez nas mãos do próprio Turk, mas retornou à vida naquela banheira. Tyler não podia dizer se era verdade, desde que aceitou o contrato, mal via os companheiros, espalhados por diversos cantos do mundo, mas não desacreditava, afinal, tinha presenciado acontecimentos com seres estranhos que pensava ser apenas lendas.
Nos últimos meses, Turk havia sumido. Principalmente depois que convocou novos lacaios, pessoas que tiverem contato com os alvos de seu contrato: a indígena Tayná, o oriental Ji, o árabe Dastan e a africana Nefret. Esta última, pelo que Tyler pode apurar, era irmã do homem-fera o qual ele havia sido incumbido de caçar. Pode não ter levado a Turk o alvo, mas levou um membro da mesma espécie: a mulher tinha feições de hiena. Estes novos lacaios logo assumiram posição de comando, sendo enviados para os alvos do início e levando Tyler e seu grupo apenas como subordinados.
O que ele viu com estas novas incursões apavorou-o e o intrigou: os novos lacaios portavam armaduras biológicas, frutos dos experimentos do laboratório de Istambul. Mas nem este poder extra foi suficiente para garantir o sucesso que Turk exigia. Voltou a Istambul levando Nefret, esperando que seus parceiros estivessem bem. Dastan levou um enlouquecido Roderick, que falava sozinho e imitava vozes estranhas. Restava Shang. Quando Ji voltou sozinho, Tyler pensou o pior, mas qual foi sua surpresa quando viu emergir, daquela sinistra banheira com líquidos estranhos, um renovado Shang.
— De novo! É a segunda vez em poucos anos…
Shang iria reclamar, mas calou-se quando John Turk apareceu. Ao ser perguntado por Maya, ele apenas resmungou que ela havia sido presa e como lamentava isso, pois preferia que ela tivesse morrido e voltado ao laboratório, como Shang. E revelou que Tayná havia desaparecido. Mas tinha uma boa notícia: havia se apoderado de Longshan, a vila dos dragões, terra natal de Shang e estava mudando seu covil para lá.
Tyler não estava feliz, seu maior pistoleiro enlouquecido, sua mercenária presa e Shang estava transformado, suas feições estavam se tornando reptilianas. Precisava tratar Roderick e resgatar Maya, Shang era um caso perdido, havia se tornado extremamente leal a Turk. Quando percebeu que não teria ajuda de seu mestre e nem de seus tenentes, só lhe restava fugir, não queria ter o mesmo destino que seus parceiros.
***

Yaset se sentia, sem ter para onde ir, assim como seus companheiros agora. As irmãs de Werena haviam ficado aprisionadas no que quer que Tayná tenha rogado sobre elas. Os monges-dragão de Longshan tiveram suas vilas arrasadas pelo ataque coordenado de Shang, Ji e o líder deles, Turk, não restando nada além de escombros. Lahyla ainda era caçada pelos desertos de Warábia e tinha uma dívida com Haermys, que pediu para que ficasse com aquelas pessoas. Kitok, embora derrotado e quase morto por sua irmã, ainda é o rei de Wanyama e, em gratidão ao que Za-Har fez com ele, acolheu esses órfãos de suas terras em seu próprio Palácio.
Muito tempo havia se passado desde que Yaset e Haermys haviam se falado pela última vez. Ainda na Atlântida Regulana, antes de sua destruição e do sacrifício da corte, mas tiveram uma conversa sincera.
Haermys revelou que a criança-luz deveria ser criada em um lar seguro e ele conhecia o lugar ideal para isso. Durante todos os séculos que viveu como elemental do ar, assim como faz hoje com Lahyla, o atlante possuiu outros humanos, percorrendo diversos continentes e ajudando a criar mitologias locais. Nomes como o egípcio Tot, o sumério Nabu, o hindu Brahma, o nórdico Odin, o maia Itzama, o iorubá Eshu, o chinês Fu Xi e o próprio Hermes grego foram usados por ele, fazendo o papel de deus da escrita e espalhando conhecimento por onde passava. Embora habitasse de fato todos estes diferentes locais, seu santuário era somente um, mas não ficava no plano físico. Com esforço de muitos séculos, Haermys construiu um semiplano com sua magia, de tal forma que poderia acessar cada um destes locais. Apenas quem tivesse a chave de sua Torre poderia permitir a entrada de convidados, tornando-se um local extremamente seguro. E isso foi ofertado a Yaset.
Yaset ainda estivesse abalada com a perda de Za-Har, de modo que Haermys deu tempo para que ela digerisse, mais uma vez o luto. Porém, em paralelo, buscou Kitok para providenciar uma excursão até o local. Wanyama fica relativamente próximo a um dos acessos da Torre Táumica, como ficou mais conhecido este local secreto. Descendo o Lago Nyanza para percorrer o extenso Rio Nilo, o grupo encontraria Hermópolis, onde uma das portas da Torre estava fixada.
O grupo partiu rumo a norte, a bordo de um barco do povo crocodilo de Wanyama, pilotado por Rashid, um homem de confiança de Kitok. Chegaram a um pequeno povoado, onde desembarcaram e o piloto prometeu esperar até que voltassem. Andaram por quatro horas para o oeste, até que se depararam com um monólito cilíndrico, aparentemente natural, não fosse pelo detalhe de uma porta entalhada e o topo de forma triangular. Uma rocha única num mar de areia que se estendia por muitos quilômetros.
— Eis aqui – disse Lahyla, com a voz grave de Haermys saindo de sua boca — Aqui foi minha primeira morada. A partir dela, consegui me transportar para diversas partes deste planeta e conheci todas as culturas que lhe contei anteriormente.
— Como entraremos?
— Este é o primeiro desafio, pois destrui a chave quando percebi que seria capturado pelos meus adversário na tumba onde Lahyla me encontrou. Mas tem um truque.
Lahyla, sob o comando de Haermys, invoca uma magia de ar, limpando a porta que revela um símbolo de ankh nela gravado. Com um toque, um facho de luz veio diretamente do céu e atingiu a rocha. Logo, uma tempestade de areia começou a se formar. Os membros da comitiva seguraram-se firmemente uns aos outros, para não serem levados pelos ventos.
Com o fim da tempestade, um templo havia sido revelado. Surgiu do nada uma torre de três andares, totalmente sem janelas e com a mesma porta que se via anteriormente na rocha.
— Esta é a Torre Táumica.
O grupo entrou na estrutura e ela parecia muito maior por dentro que por fora. A porta revelou um corredor, com estátuas que representavam as diversas encarnações de Haermys, terminando em uma sala circular. Em seu centro, uma roda com sete símbolos astrológicos, referentes aos sete planos da existência, relacionados aos sete planetas astrológicos dos humanos. O Sol está ao centro com a Lua acima dele e, em sentido horário, Mercúrio, Marte, Saturno, Júpiter e Vênus. Embora não houvesse janelas, uma luz forte vem do teto, tão forte que ofusca a visão de quem olhasse muito tempo para cima. Além da roda com os símbolos, uma porta vermelha e outra azul dão passagem para outros aposentos neste andar, assim como uma escada que leva ao segundo andar e outra para o subsolo.
— Está muito diferente de como eu deixei. Acho que, por ter perdido a chave e, consequentemente, a posse da habitação, a Torre voltou à sua configuração original. Isto não é um problema. Cada uma destas portas leva a outros cômodos da Torre. A porta vermelha leva à sala de treinamento e a azul ao laboratório. A escada leva ao segundo andar, onde ficam o jardim suspenso com uma porta verde e uma biblioteca com a porta laranja, mas ela continua para o último andar, onde fica o observatório, com uma porta amarela. A escada que desce leva ao subsolo, onde fica o porão, com uma porta roxa. Cada uma destas portas está relacionada a um destes símbolos, que reproduzem, em parte, ambientes dos planos vizinhos a Regulus. Para ter a posse da chave, é necessário encontrar uma pedra em cada um destes aposentos. Eu ficarei aqui, pois, nesta forma, fico impedido de prosseguir além. Apenas criaturas corpóreas podem chegar aos demais aposentos.
Parecia relativamente simples conseguir a posse da Torre de volta, até que Haermys terminou de falar.
— Ah, talvez umas criaturas que eu criava podem ter fugido durante todo este tempo, mas não é nada com que se deva preocupar.
***

Depois de muitos meses investigando, Nick finalmente pegou o rastro de Yaset. Pelos seus sentidos, a traidora estava numa ilha do Lago Nyanza. Nadou contra a correnteza do Rio Nilo por dias até chegar ao lago propriamente dito. O corpo d’água dava uma vantagem ao atlante, era o que ele pensava, mas a verdade é que Wanyama era guardada também por água. Os membros da tribo Kafi possuíam feições reptilianas, com seus corpos repletos de cicatrizes ritualísticas que se assemelham a escamas. Exímios nadadores, não seria uma tarefa fácil para Nick chegar às margens do reino feral.

***

Tyler sabia que não poderia contar com simples armas para sua fuga. Estudou por meses uma maneira de sair de Longshan. A vila fica no meio da Cordilheira dos Himalaias, precisava tanto de provisões quanto de um meio de se defender e não ser capturado por Turk ou seus lacaios. Entre as possibilidades, estava roubar o artefato que o próprio Turk trouxe de Atlântida: a Coroa Lunar.
***

Aquele que se decidir pelo Obsertavório, acha o que parece ser o antigo dormitório do dono da Torre, com uma grande cama, mesas de cabeceira com abajures esféricos e uma poltrona. Um telescópio aponta para fora da estrutura do aposento, atravessando a parede. Assim que o invasor entra, uma das mesas de cabeceira revela-se um construto, com a esfera servindo de cabeça para o golem. Dentro dela, pode-se ver um citrino.
Aquele que se decidir pela Biblioteca, se vê diante de algumas mesas com algumas cadeiras à frente e diversas estantes com livros e outros artefatos ao fundo. Numa das mesas, uma criatura vagamente humanoide, com feições felinas e asas vermelhas escrevia sobre papéis. Ela segura uma espécie de caneta com um topázio incrustado.
Aquele que se decidir pelo Jardim, depara-se com uma espécie de estufa, com diversas plantas exóticas distribuídas em caminhos que levam ao centro, onde várias pequenas criaturas semelhantes a abelhas humanoides colhem néctar de flores de uma grande árvore semelhante a um pessegueiro com marcas no tronco que lembram vagamente um rosto humano, carregando até uma colmeia em outra árvore, mais alta. Não bastasse as criaturas aparentadas a fadas, diminutas criaturas feitas de folhas e galhos tenta impedi-las de fazer a colheita, que se agrupam em um tronco oco aos pés do grande pessegueiro. Na ponta inferior da colmeia, uma esmeralda brilha.
Aquele que se decidir pelo Estábulo, esbarra em dois ambientes. Uma pista de corrida com obstáculos e uma estrutura com uma baia onde descansa uma criatura quimérica, um animal escamoso com patas traseiras que lembram as garras de uma águia, membros anteriores semelhantes a leões , pescoço e cauda longos, cabeça com chifres, língua de cobra e crista, com asas de cisne. A criatura se eriça toda e voa na direção do invasor. Um rubi pode ser visto na sela que ela usa.
Aquele que se decidir pela Cozinha, acha um aposento que mescla cozinha e laboratório. Potes, panelas e toda a sorte de utensílios estão organizados de maneira caótica e acolhedora, mas visivelmente esquecidas ali. Não demora muito e o invasor percebe criaturas deslizando pelos cantos. Furtivas, elas entram e saem dos móveis, até se agrupam e revelam ser criaturas aparentadas a ratos, levemente humanóides que usam utensílios de cozinha como armas. A maior delas usa um avental e segura uma colher numa mão, ela abre as portas de um armário no alto, de onde se vê o brilho de uma safira.
Aquele que se decidir pelo Porão, encontra uma galeria com quatro câmaras, como se fossem uma despensa. A primeira coisa que vêm é uma balança com alguns pesos, mas, à sua frente, uma fera do tamanho de um grande cão está dormindo, roendo um osso. A criatura é nitidamente uma quimera com patas traseiras de hipopótamo e frente do corpo de leão, onde uma juba emoldura uma cabeça de crocodilo. O guardião dorme, mas, ao fundo, uma figura esquálida se move, pulando como se tivesse apenas um pé, apoiada no que parece ser uma vassoura. É um esqueleto que serve de zelador para a Torre. Uma ametista está incrustada na coleira do “cão”.

[OBJETIVOS]

  • Nick precisa enfrentar a guarda Kafi para chegar às margens de Wanyama, ND Médio (8 a 12). Tanto pode lutar com os guerreiros quando tentar passar por eles.

  • Tyler precisa passar pelos guardas de Turk para se apoderar do artefato, ND Fácil (4 a 8), pois ninguém espera que exista um traidor no covil de Turk.

  • Os Padrinhos e Yaset precisam explorar os seis aposentos:


    • Observatório: Golem ND Médio (8 a 12)

    • Biblioteca: Esfinge ND Médio (8 a 12)

    • Jardim: Fadas-abelhas ND Fácil (4 a 8), Duendes ND Fácil (4 a 8).

    • Estábulo: Hipogrifo ND Difícil (12 a 16).

    • Cozinha: Ratos ND Fácil (4 a 8), Líder ND Médio (8 a 12)

    • Porão: Esqueleto ND Fácil (4 a 8). Ammyt ND Difícil (12 a 16).




Última edição por Anfitrião em Seg Jan 10, 2022 4:07 pm, editado 4 vez(es)
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Tyler Greymane

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MensagemAssunto: Re: Episódio 08 - A Torre Táumica   Episódio 08 - A Torre Táumica EmptyTer Nov 09, 2021 12:59 am

Desde os últimos confrontos ocorridos na África, Tyler se mantinha inquieto. Mesmo tendo sido capaz de segurar o rinoceronte híbrido, e ter formado uma dupla formidável com Nefret em Wanyama, Turk cada vez mais o mantinha fora do cerne principal. E, para piorar, já não tinha notícias de boa parte de seu grupo por quase um ano. Roderick? Depois que enlouqueceu, ficou fora das missões, e mal respondia as cartas do inglês. Maya? Até agora Greymane mal tinha pistas sobre o paradeiro dela. E Shang? Tyler sentia era uma repulsa pelo que via. Não reconhecia mais aquele seu companheiro nas campanhas no Tibet.

As escamas haviam tomado conta das laterais da face de Shang e de várias partes de seu corpo, que já tinha um olhar bastante dracônico e garras ameaçadoras, e até mesmo alguns costumes estranhos haviam adentrado ao ser. Internamente, Tyler deu graças por nunca ter necessitado ser ressuscitado daquela forma.

Mas o problema? E se ele precisasse disso? O que iria acontecer a ele? John Turk poderia simplesmente fazer o que? O tornar num dos estranhos lacaios? Arrancar toda sua liberdade de pensar? Todos os seus companheiros passaram por vários processos traumáticos. O enlouquecimento de Roderick, a transformação de Shang, e o sumiço de Maya não deixavam o inglês em paz. As memórias de Londres, do Tibete, e de tantos outros lugares vieram à mente do caçador britânico. E ele já estava decidido a fugir, e agora, quase um ano depois do ocorrido em Wanyama, era hora de partir. De deixar este louco para trás. Mesmo que, por dentro, a consciência de que não poderia mais fugir deste mundo estivesse bem clara a Tyler.

O caçador resolveu, naqueles corredores de Longshan, que iria caçar novamente. Seu objetivo? A Coroa Lunar. Seu obstáculo? Os idiotas que faziam a segurança do artefato. Tyler não pretendia dar quaisquer chances, e pretendia fazer isso da forma mais rápida e silenciosa possível. Sem usar sua espingarda, Tyler partiu na direção da sala onde se encontrava o poderoso artefato, e pretendia, de fato, atrair a atenção dos guardas para si. Caminhando para perto da sala, esperaria ser abordado pelos guardas para, então, atacá-los com suas habilidades de luta. Ou, se não fosse abordado, apenas os atacaria diretamente, com uma provocação.

— Eu poderia dar um conselho aos senhores: não tentem lutar. Já segurei um rinoceronte com essas mãos — Tyler mostrou as mãos, uma onde segurava sua faca de combate, a outra vazia. — Mas de que adianta conselhos para homens que não estarão vivos para seguir?

Com a faca de combate em mãos, golpearia os guardas nos pontos mais vitais, como pescoços ou juntas. Mortos não falam, e ninguém poderia simplesmente gerar um alerta. Seus sentidos de caçador, claro, trabalham para preservar sua integridade, e Tyler pretende usar sua força física para derrubar e lançar os guardas para fora de seu caminho, para então se apoderar do artefato e fugir para algum armazém, onde poderia juntar rações e água para sua fuga. Seus tempos de guerra no Tibete seriam, enfim, úteis.
Esforço usado: 0
Teste: Agilidade 3 + Luta 2 + Força 4 + Sentidos Aguçados 1 + Foco 1 = 11
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nickahnor

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MensagemAssunto: Re: Episódio 08 - A Torre Táumica   Episódio 08 - A Torre Táumica EmptyTer Nov 09, 2021 8:47 pm

Nick-Ahnor cresceu como um pária em seu clã, devido a deficiência que o impede de falar desde a mais tenra idade. Para o clã Kamohoali’li uma deficiência é sinal de fraqueza não tem lugar nessa família de furiosos guerreiros.
A mágoa e a fúria por ser desprezado por aqueles que deveriam ser seus iguais e sede por provar seu valor só fez crescer no jovem tubarão que canalizava todo esse sentimento em sua ferocidade e dedicação para se tornar o melhor caçador.
Seu esforço lhe garantiu destaque é certa fama ao conselho atlante o suficiente para lhe confiarem a missão de encontrar a traidora que havia atacado o príncipe e fugido.
Durante 2 longos meses o tubarão partiu em busca de sua caça, sedento por encontrar a traidora e fazê-la pagar por tamanha afronta.
Durante esse tempo estranhos boatos circularam por tabloides pelo mundo afora, um pesqueiro norueguês teria avistado uma estranha espécie de tubarão com algo que pareciam pernas.
Um bêbado acusado de roubar um carregamento de peixes recém chegados alegou que não tinha culpa e o autor do crime fora um demônio com cabeça de tubarão e estranhas marcas pelo corpo, mas ninguém levou a sério devido ao forte cheiro de álcool vindo da testemunha que alegava ter visto algo naquele dia de tanto nevoeiro.
Uma embarcação foi encontrada a deriva na costa da Espanha com estranhas marcas em seu convés, pedaços de corpos pelo assoalho coberto de sangue e um jovem Senegalês acuado, escondido em uma caixa, murmurando pedindo perdão e chance de conversão a uma vida mais honesta depois que um monstro subiu a bordo e atacou devorou todos seus companheiros do navio.
Muito havia se passado desde que Nick-Ahnor havia testemunhado a pérfida traição de Yaset, com a sede pelo sangue da traidora há muito o tubarão anseava pelo rastro.
Mesmo que não tivesse a habilidade furtiva dos mantas, suas habilidades de caçador e ânsia por justiça levavam o atlante a nadar freneticamente em busca de sua presa até que finalmente encontra o que procurava.

Ao se deparar na costa do Nilo com a guarda que protege a traidora, a sensação de protegerem aquela traidora o enfurece ainda mais e Nick opta pelo sua saída habitual e avança contra a guarda num ataque rápido e voraz.
Em seu primeiro movimento Nick avança agarrando os guardas mais próximos pelo pescoço e fazendo suas cabeças se chocarem uma contra outra, em seguida avança contra um terceiro guarda mais próximo e com uma mordida tenta arremessa-li contra alguma parede e deixá-lo inconsciente.

Foco 2 + agilidade 2 + Mordida 1 + Fisico 3 + Luta 2 + Esforço 2(19) = 12


Última edição por nickahnor em Dom Nov 14, 2021 10:58 pm, editado 2 vez(es)
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Mick Fear

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MensagemAssunto: Re: Episódio 08 - A Torre Táumica   Episódio 08 - A Torre Táumica EmptyQua Nov 10, 2021 8:36 pm

Sair de Wanyama e voltar a vagar pelo mundo fora difícil, já que a rotina que a atlante estabelecera no paraíso feral a ajudava a esquecer as perdas recentes. Quando Hayrmis ofereceu a Yaset um lugar seguro para usar de base, dando a entender que já era hora de prosseguir com sua "missão de vida", todas as lembranças da segunda morte de Zu-hur voltaram à tona, preenchendo seu coração com o ódio necessário para fazê-la prosseguir.

A viagem pelo Egito faz Yaset pensar nas influências atlantes para os antigos habitantes daquela terra, talvez por influência de seu próprio pai. Ao entrarem na torre, alguns toques de arquitetura atlante, mesclados ao traços das culturas que o gênio conheceu, deixam a atlante impressionada.

Tentando entender como foram os 10.000 anos de Hayrmis longe dela, Yaset se dirige até a biblioteca, lembrando que era um dos lugares em que o pai mais gastava seu tempo na antiga Regulus. Antes de entrar no cômodo, a princesa nota a criatura que usava uma caneta com a pedra necessária para tomar posse da torre.

"Posso tentar convencer essa criatura que sou digna de pegar a pedra, ou... Posso só pegá-la. Quando tivermos posse da torre, terei tempo o suficiente para tentar impressioná-la com meu conhecimento."

Como uma perfeita ladina, Yaset usa todo o conhecimento mágico e artefato ao seu favor para tomar a caneta da esfinge sem deixar rastros, esperando que ela fique confusa e não consiga seguí-la até que já tenha a posse da torre.

Ela pretende ativar os poderes do manto para evitar os sentidos da criatura, enquanto usa misticismo para  primeiro ler a mente da esfinge, esperando o momento que ela pareça mais distraída para ​então abrir um portal pequeno o bastante para passar sua mão e puxar a caneta de uma vez, sem precisar entrar na biblioteca.

Yaset dispara pela escada tentando se esconder e entra no observatório de uma vez. Sem tempo para analisar o local e lembrar se sua terra natal, ela é surpreendida pelo golem que surge do nada em meio a mobília. Pega de surpresa, o instinto da princesa a faz lutar para sobreviver.

Ativando os poderes do manto para tornar-se incorpórea e invisível, evitando ataques, ela se afasta do monstro e se aproxima de um dos cantos do observatório, tornando-se visível de novo para atrair ataques e tentando escapar novamente no último segundo, esperando que o golem se choque contra a mobília e seja afetado de alguma forma. Após repetir esse plano algumas vezes, ela apela para um encontrão telecinético para jogá-lo com força em uma parede.

Na biblioteca:

♧4 + 2♧ (Misticismo) + 1♧ (Magia Um Lugar do Reino) + 2♤ (Artefato: Invisível) + 1♥ (Poder Telepático)  + 2 (Esforço, resta 19) = 12

No observatório:

♧4 + 2♧ (Misticismo) + 2♤ (Artefato: Invisível) + 2♤ (Artefato: Incorpóreo) + 1♧( Encontrão Telecinético) + 1 (Esforço, resta 18) = 12
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Iara Werena

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MensagemAssunto: Re: Episódio 08 - A Torre Táumica   Episódio 08 - A Torre Táumica EmptySáb Nov 13, 2021 5:43 pm

Deixando as paixões que ocuparam seu tempo em Wanyama, era chegado o tempo de retomar a grande missão. Apesar da seriedade ela tenta aproveitar a visão daquela nova terra. Passara a vida na úmida terra das amazonas, e diante daquele mar de areia, imaginava curiosa como povos sobreviviam ali.

Com seu charme não era difícil puxar conversa com os membros do grupo, Kitok tinha uma beleza e alegria que sempre a animava a Iara e afastava a consciência da imensa responsabilidade que tinham a frente, mas era com Yaset que amava afagar os cabelos e conversar, era como uma velha amiga mesmo conhecendo a tão pouco tempo. Saber que seria madrinha de uma criança empolgava a amazona, acostumada com o cuidado dos mais novos.

Chegando na torre, a Icamiaba fica fascinada com a beleza multicultural ali, e como tudo era ao mesmo estranho, mas com um toque familiar. Escutou as instruções atenta, e assim que viu Yaset saindo primeiro correu para o jardim. Um sorriso e uma alegria preenchem Werena, ela cheira as flores, aprecia as cores que quase esquece do aviso de Haerymis sobre as criaturas.

Após mais alguns passos encontra seu objetivo na árvore com rosto de gente. Se preocupa em como as fadas-abelhas lembram os marimbondos e pensa como não gostaria de sentir seu ferrão, tinha que bolar um plano bem miraculoso... Os duentes! Se estavam atrapalhando as fadas e sua joia estava na colmeia era hora de fazer aliados!

Sem saber se os duentes falariam sua língua, ou se precisam da empatia dos animais Werena decide arriscar. Ciente de sua beleza e seu carisma que ultrassavam raças ela se aproxima dos seres de folhas sorrindo e com uma voz aveludada.

- Os miraculosos duentes! Estou tão encantada em vê-los! Olhe que sorte a minha! - ela os bajula tentando ganhar seus favores - Estava observando essa laboriosa tarefa de impedir essas abelhudas, mas e se a gente tivesse um plano melhor? Comigo ao lado de vocês podemos não apenas defender a Árvore, mas mandar elas para longe! Vocês estão comigo! - ela ergue o escudo em pose heroica.

Depois dos esforços levantado a moral de seu grandioso e pequenino exército Werena convoca sobre si a Comunhão com Yaci para que amplie sua força física, e então usará do escudo espelho para se defender das abelhas e avançar em direção à colmeia para pegar a esmeralda. Usará de todo seu ímpeto na investida. "Depois de um poderoso ataque, pensamos no tratado de paz", pensa enquanto ri, lembrando sobre algumas das conversas sobre guerra que teve com os Kucha de Wanyama.

Quando a confusão do embate esquentar, ela aproveitará para fugir do jardim e retornar para Haermys.

[OFF]
Duentes: ♥ 3+2 (Manipulação) + 1 (Atraente) + 2 (Esforço, resta 19) = 8
Abelhas: ♦ 1+2 (Misticismo) + 1 (Comunhão) + 2 (Escudo) + 1 (Esforço, resta 18) = 7
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Lahyla

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MensagemAssunto: Re: Episódio 08 - A Torre Táumica   Episódio 08 - A Torre Táumica EmptyTer Nov 16, 2021 8:06 am

Lahyla observa atentamente o local. Não é muito diferente de outras masmorras que ela conheceu. E lembra a ultima em que ela explorou e perdeu seu amigo de viagem. Ela agora faz parte de uma equipe e todos ali parecem estar bem familiarizados com a ideia, mas a odalisca sempre foi muito desconfiada de gente nova, mas graças a Haermys ela se adaptou ao grupo.

Cada um segue um caminho dos que foram ditos por Haermys, seu companheiro elemental. Mas os poderes do local o fazem ter a liberdade de sair do meu corpo e para isso eu não estava preparada. –

Sempre me senti muito forte, – Pensa Lahyla – Sempre lutei pra sobreviver, mas agora que Haermys não está comigo não sou tão confiante.

– Nada tema minha pequena Lahyla – Diz o elemental captando as tristezas da sua hospedeira – Sempre te considerei uma mulher muito forte e por isso te escolhi. Nada tema. Sempre estarei com você.

Com as palavras dele ecoando em sua mente, ela escolhe o caminho que leva a cozinha. Chegando no local ela se depara com diversas criaturas que se assemelham a ratos. Ela pensa em buscar sua espada a tiracolo quando identifica uma que parece ser uma feminina, por estar usando um avental e segura uma colher.

Lahyla se simpatiza pelos que estão no local. Parecem mais uma família do que criaturas hostis. Ela lembra de todos os combates e mortes de seu caminho e se um pudesse ser evitado ela tentaria essa opção.

Ela passa a mão na cintura e pega seu chapel. Ela ainda não teve muito tempo para treinar, mas lembra de estórias contadas na sua infância sobre a Cornucópia, e talvez estivesse com ela ali na cintura.

Olhando atentamente nos olhas das criaturas, ela tentará puxar de seu chapéu algo que sirva de alimentação para a família dos ratos e com mimicas ela demonstra interesse na pedra que está dentro do armário da cozinha.

Minha ação parece que foi aceita pelo grupo, mas não pela mãe que busca algo mais. Observo o ambiente e percebo que apesar de a muito tempo abandonada, ainda é uma cozinha funcional.

– Lembro-me de todo o tempo que fui escrava e das vezes que troquei ideias com as copeiras ou as vezes que tive que eu mesmo cozinhar – Pensa a odalisca – Então ela procura uma mesa e puxa vários ingredientes de alguns pratos típicos de sua terra. O chapéu responde de acordo e ela gesticula para a mãe ratazana que hoje a comida será por conta dela e parte para o fogão com a mama como ajudante.

– Espero que dê certo. – Pensa Lahyla já descascando alguns legumes.


♡1 + 2♧ (Misticismo) + 2♡ (Arte culinária) + 1☆( Invocar Objetos) + 2 (Esforço, resta 19) = 08
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MensagemAssunto: Re: Episódio 08 - A Torre Táumica   Episódio 08 - A Torre Táumica EmptyQua Nov 17, 2021 6:37 pm

CONTINUAÇÃO

[RESOLUÇÃO]
- Tyler precisa passar pelos guardas de Turk para se apoderar do artefato, ND Fácil (4 a 8), pois ninguém espera que exista um traidor no covil de Turk.
- Tyler x ND4
♠3 + Luta 2 + ♦ 4 + Esforço 0 (21)  = 9. Sucesso.
Tyler ganha 1 XP.

Desde os últimos confrontos ocorridos na África, Tyler se mantinha inquieto. Mesmo tendo sido capaz de segurar o rinoceronte híbrido, e ter formado uma dupla formidável com Nefret em Wanyama, Turk cada vez mais o mantinha fora do cerne principal. E, para piorar, já não tinha notícias de boa parte de seu grupo por quase um ano. Roderick? Depois que enlouqueceu, ficou fora das missões, e mal respondia as cartas do inglês. Maya? Até agora Greymane mal tinha pistas sobre o paradeiro dela. E Shang? Tyler sentia era uma repulsa pelo que via. Não reconhecia mais aquele seu companheiro nas campanhas no Tibet.

As escamas haviam tomado conta das laterais da face de Shang e de várias partes de seu corpo, que já tinha um olhar bastante dracônico e garras ameaçadoras, e até mesmo alguns costumes estranhos haviam adentrado ao ser. Internamente, Tyler deu graças por nunca ter necessitado ser ressuscitado daquela forma.

Mas o problema? E se ele precisasse disso? O que iria acontecer a ele? John Turk poderia simplesmente fazer o que? O tornar num dos estranhos lacaios? Arrancar toda sua liberdade de pensar? Todos os seus companheiros passaram por vários processos traumáticos. O enlouquecimento de Roderick, a transformação de Shang, e o sumiço de Maya não deixavam o inglês em paz. As memórias de Londres, do Tibete, e de tantos outros lugares vieram à mente do caçador britânico. E ele já estava decidido a fugir, e agora, quase um ano depois do ocorrido em Wanyama, era hora de partir. De deixar este louco para trás. Mesmo que, por dentro, a consciência de que não poderia mais fugir deste mundo estivesse bem clara a Tyler.

O caçador resolveu, naqueles corredores de Longshan, que iria caçar novamente. Seu objetivo? A Coroa Lunar. Seu obstáculo? Os idiotas que faziam a segurança do artefato. Tyler sabia que não poderia contar com simples armas para sua fuga. Estudou por meses uma maneira de sair de Longshan. A vila fica no meio da Cordilheira dos Himalaias, precisava tanto de provisões quanto de um meio de se defender e não ser capturado por Turk ou seus lacaios. Entre as possibilidades, estava roubar o artefato que o próprio Turk trouxe de Atlântida: a Coroa Lunar. Tyler não pretendia dar quaisquer chances, e faria isso da forma mais rápida e silenciosa possível. Sem usar sua espingarda, Tyler partiu na direção da sala onde se encontrava o poderoso artefato. Dentro de Longshan, ninguém esperaria que o artefato fosse roubado, os dois guardas estavam à vontade, mas mudaram para uma postura de prontidão quando viram Tyler.
— Senhor Greymane, boa noite, senhor!

— Abram a porta e me deixem passar.

Os guardas se entreolharam e permitiram a passagem, não ousariam questionar o antigo líder dos capangas, mas agora ele estava em uma posição menor.

— Temos ordens de não deixar ninguém entrar, senhor Greymane. Afaste-se!

— Eu poderia dar um conselho aos senhores: não tentem lutar. Já segurei um rinoceronte com essas mãos — Tyler mostrou as mãos, uma onde segurava sua faca de combate, a outra vazia. — Mas de que adianta conselhos para homens que não estarão vivos para seguir?

Com a faca de combate em mãos e um movimento rápido, golpeou o primeiro guarda nas juntas, forçando-o a se ajoelhar e largando a lança que portava. Assustado, o segundo guarda ameaçou usar sua lança, mas, quando viu a lâmina da faca rasgar o pescoço de seu, sabia que não poderia deter Tyler. Só lhe restava fugir e soar o alarme à procura de reforços. Greymane sente-se um predador contra uma presa em fuga, a adrenalina da caçada tomou conta de seu corpo, eriçando os pêlos de seus membros e quase fazendo com que ele uivasse. Precisou ser rápido para alcançar o guarda, correndo em perseguição com alguns passos e saltando sobre a presa. O guarda olha as mãos de Tyler, ele realmente tem medo das mãos que pararam um rinoceronte e imagina o que pode fazer com ele. Greymane usa sua força física para erguê-lo e lançar o guarda para longe de seu caminho,atirando-o para fora da fortaleza.

Tyler entrou na sala que era mais um laboratório. A tina com o líquido que trouxe Shang à vida borbulhava e outros líquidos estranhos chamavam a atenção do caçador. Em uma estante,  vários frascos contendo o que parecia ser os embriões  de criaturas alienígenas, mas muito parecidas com as bioarmaduras usadas pelos Acólitos. Tyler deixou aquelas aberrações para lá, segurando a ânsia de vômito e focou no objetivo: num pedestal, sobre uma almofada, repousava a Coroa Lunar. Seu brilho metálico de oricalco era algo fabuloso, mais bonito que o ouro, que Greymane nunca tinha visto antes. Ele a segurou e colocou sobre a cabeça. Sua imagem sobre a superfície de uma bacia de água tornava-o altivo. Rapidamente, o conhecimento de como usar o Arco surgiu em sua mente. Ele retirou a Coroa e segurou com uma mão. Com um pensamento, palhetas cresceram a partir das extremidades da coroa, mas nenhuma corda surgiu. Ao passar a outra mão no espaço vazio entre as palhetas, um fio luminoso apareceu na mão de Tyler, assim como uma flecha com seta. A luz produzida ponta de flecha era como uma tocha, iluminando bem o ambiente.

Greymane desarmou o arco, a luz poderia chamar atenção de outros guardas. Apoderando-se do artefato e o transformando novamente em uma coroa, Tyler guardou-o em sua jaqueta e fugiu para o armazém. Precisou passar por outros capangas antes de chegar, mas disfarçou dizendo que só precisava de uma refeição noturna. Sozinho na despensa, apanhou uma mochila e juntou rações e água para sua fuga. Seus tempos de guerra no Tibete seriam, enfim, úteis.

Assim que teve oportunidade, Tyler subiu na muralha e disparou uma flecha. De alguma forma, ele sabia como invocar outros tipos de flecha. Precisando de uma flecha-gancho, mirou em uma torre e usou a corda luminosa como cipó, chegando a salvo no chão. Ele parecia não acreditar como tinha sido tão fácil, mas não ficaria ali muito tempo. O alarme soaria rapidamente e ele não estava disposto a enfrentar toda a Sociedade de Turk sozinho.

O alarme só foi ouvido quando o fugitivo havia caminhado por algumas horas, evitando as estradas. Para sua sorte, Tayná havia desaparecido, ou ele seria um alvo fácil para um caçador alado. Mesmo assim, não poderia vacilar. Pegou uma trilha que subia a montanha, pois seus perseguidores certamente desceriam Longshan para interceptá-lo nas vilas mais próximas. A trilha o levou a um mirante, de onde poderia ver a Vila do Dragão no vale, mas percebeu que não estava sozinho. Uma figura coberta por um manto saiu das sombras e caminhou em direção a Tyler.

— Escória! Invade minha casa, conspurca nossas terras e suja nossa memória. Sentirá o peso de minha vingança!

O estranho retira seu manto, revelando ser o último monge-dragão conhecido: Ban, o dragão vermelho.

[OBJETIVOS]
- Tyler precisa derrotar Ban, ND Especial PvP: o jogador precisa me enviar a ação separadamente, mas pode postar sua reação ao encontro.
- Ban precisa derrotar Tyler, ND Especial PvP: o jogador precisa me enviar a ação separadamente, mas pode postar sua reação ao encontro.
- Tyler pode tentar convencer Ban de não é mais inimigo ou tentar enganá-lo, mas pode fazer isso num teste durante a luta, com um Feito de Carisma ♥.
- Ban, por sua vez, terá de fazer um teste para resistir aos argumentos de Tyler ou à sua sede de vingança, com um Feito de Foco ♣.

***
[RESOLUÇÃO]
- Nick precisa enfrentar a guarda Kafi para chegar às margens de Wanyama, ND Médio (8 a 12). Tanto pode lutar com os guerreiros quanto tentar passar por eles.
- Nick x ND10
♠2 + ♦4 +  Mordida 1 + Luta 2 + Esforço 2 (19) = 11. Sucesso.
Nick ganha 1 XP.

Nick-Ahnor cresceu como um pária em seu clã, devido à deficiência que o impede de falar desde a mais tenra idade. Para o clã Kamohoali’li, uma deficiência é sinal de fraqueza não tem lugar nessa família de furiosos guerreiros. A mágoa e a fúria por ser desprezado por aqueles que deveriam ser seus iguais só fez crescer no jovem tubarão a sede por provar seu valor, que canalizava todo esse sentimento em sua ferocidade e dedicação para se tornar o melhor caçador. Seu esforço lhe garantiu destaque e fama ao conselho atlante, o suficiente para lhe confiarem a missão de encontrar a traidora que havia atacado o príncipe e fugido.

Depois de muitos meses investigando, Nick finalmente pegou o rastro de Yaset. O tênue cheiro da traidora chegou aos seus sentidos a partir de águas do Atlântico Norte. Farejando o rastro, nadou contra a corrente descendo o Atlântico Norte e migrando para águas mais quentes da Corrente do Golfo, depois seguindo para as Ilhas Canárias e enfim entrando no Mar Mediterrâneo, percorrendo este caminho por quase seis longos meses. O tubarão partiu em busca de sua caça, sedento por encontrar a traidora e fazê-la pagar por tamanha afronta. Durante esse tempo, estranhos boatos circularam por tabloides pelo mundo afora. Um pesqueiro norueguês teria avistado uma estranha espécie de tubarão com algo que pareciam pernas. Um bêbado, acusado de roubar um carregamento de peixes recém chegados, alegou que não tinha culpa e o autor do crime fora um demônio com cabeça de tubarão e estranhas marcas pelo corpo, mas ninguém levou a sério devido ao forte cheiro de álcool vindo da testemunha que alegava ter visto algo naquele dia de tanto nevoeiro.O próprio sentiu que havia alguma coisa estranha na costa leste americana, uma energia sinistra quando passou pelas Bahamas. Uma embarcação foi encontrada à deriva na costa da Espanha com estranhas marcas em seu convés, pedaços de corpos pelo assoalho coberto de sangue e um jovem Senegalês acuado, escondido em uma caixa, murmurando pedindo perdão e chance de conversão a uma vida mais honesta depois que um monstro subiu a bordo e atacou devorou todos seus companheiros do navio.

Muito havia se passado desde que Nick-Ahnor havia testemunhado a pérfida traição de Yaset. O rastro ficou mais forte quando ele chegou ao Delta do Nilo. Ela estava escondida no meio do continente africano. A sede pelo sangue da traidora enfureceu Nick-Ahnor, fazendo-o nadar mais rápido, mas ainda havia muito a percorrer. Acostumado às águas salgadas de Atlântida, o começo em água doce causava desconforto no tubarão, mas o pior era o tanto de criaturas que precisou enfrentar, muito mais que as que enfrentava no oceano: hipopótamos e crocodilos eram como monstros para ele. Nick era um caçador habilidoso e essas lutas eram apenas aquecimento para o verdadeiro confronto. Não tinha as habilidades furtivas dos mantas para passar despercebido, o que provocou lendas de monstros humanoides no Nilo. Mesmo assim, sua ânsia por justiça levavam o atlante a nadar freneticamente em busca de sua presa até que finalmente encontra o que procurava.

Ao se deparar nas águas do Lago Nyanza, o cheiro de Yaset era perceptivelmente mais próximo. Era ali que ela se escondia e teve certeza disso quando encontrou com a guarda que protege Wanyama, composta por homens-crocodilo. Os membros da tribo Kafi possuíam feições reptilianas, com seus corpos repletos de cicatrizes ritualísticas que se assemelham a escamas. Nick-Ahnor estava preparado. Sabia que haveria luta e esperava ter vantagem no lago, mas seus oponentes também eram exímios nadadores.
A sensação de protegerem aquela traidora enfurece o tubarão ainda mais. A guarda Kafi pensa enfrentar um demônio, uma criatura que jamais tomaram conhecimento e estavam dispostos a tudo para conter a aberração. Nick encara o trio e sente o cheiro do medo deles. Eles não portavam quaisquer armas e isso dava a entender que eram o suficiente para protegerem Wanyama.

Sem muito pensar e agindo instintivamente, a saída habitual de Nick consiste em usar sua velocidade em um ataque “de carga”. Seu corpo é muito mais hidrodinâmico que seus oponentes. Em seu primeiro movimento, Nick avança entre dois dos guardas, agarrando-os pelo pescoço e fazendo suas cabeças se chocarem uma contra outra, deixando-os atônitos com o ataque ligeiro. Com outro movimento brusco, avançou contra o líder num ataque voraz. Sua mandíbula atingiu o dorso do crocodilo, tingindo de vermelho o ambiente aquático e fazendo com que os dois subordinados perdessem a confiança. Estavam diante de um demônio aquático que os pegou desprevenidos e venceu facilmente o líder. O cheiro do medo deles preencheu as narinas de Nick-Ahnor, que quase esboçou um sorriso na sua bocarra repleta de dentes. Eles sequer tiveram chance de pensar em fugir, o tubarão avançou contra a dupla e, com uma mordida, arremessou um para da água, enquanto rasgava o ventre de outro tão rápido que teve tempo de saltar para o alto e abocanhar o guarda anterior em pleno ar, dividindo seu corpo ao meio.

Um combate dessas proporções não passaria batido pelos olhos atentos dos Bawa que guardam o céu de Wanyama. Rapidamente, Zazel, uma delas voou de volta ao palácio de Kitok, avisando-o da invasão.

— Meu amo, estamos sendo invadidos – ela adentrou apressadamente no salão do regente, que se divertia com duas concubinas.

Kitok levanta-se num salto, tentando se vestir rapidamente. Não queria deixar uma impressão ainda pior em Zazel, a qual foi a primeira de suas consortes, cinco anos atrás. Mesmo que já tivesse perdido as contas de quantas parceiras já teve depois dela, Zazel tinha um lugar especial para ele, devido a ter sido a primeira depois de regressar com as Sandálias da Velocidade.

— Uma patrulha Kafi foi destroçada, parecia um verdadeiro demônio aquático – ela continua, sem se abalar.

— Aquático? Será que, depois de Nefret ter se transformado naquela aberração, Kuo também teve o mesmo fim?

— Não era Kuo, meu senhor. Pra ser sincera, nunca vi nada parecido com aquilo. É semelhante a um peixe.

[OBJETIVOS]
- Nick precisa derrotar Kitok, ND Especial PvP: o jogador precisa me enviar a ação separadamente, mas pode postar sua reação ao encontro.
- Kitok precisa derrotar Nick, ND Especial PvP: o jogador precisa me enviar a ação separadamente, mas pode postar sua reação ao encontro.
- Nick pode tentar se comunicar de alguma forma, para encontrar Yaset, com um Feito de Carisma ♥, ND Fácil (4 a 8).
- Kitok, por sua vez, pode tentar fazer um teste para entender os motivos do ataque, com um Feito de Foco ♣, ND Fácil (4 a 8).

***
[RESOLUÇÃO]
- Yaset precisa enfrentar a Esfinge na Biblioteca, ND Médio (8 a 12).
- Yaset x ND8
♧4 + 2♧ (Misticismo) + 1♧ (Magia Um Lugar do Reino) + 2♤ (Artefato: Invisível) + 1♥ (Poder Telepático)  + 2 (Esforço, resta 19) = 12
Yaset ganha 1 XP.

- Yaset precisa enfrentar o Golem no Observatório, ND Médio (8 a 12).
- Yaset x ND12
♧4 + 2♧ (Misticismo) + 2♤ (Artefato: Invisível) + 2♤ (Artefato: Incorpóreo) + 1♧( Encontrão Telecinético) + 1 (Esforço, resta 18) = 12
Yaset ganha 1 XP.

Sair de Wanyama e voltar a vagar pelo mundo fora difícil para Yaset, já que a rotina que a atlante estabelecera no paraíso feral a ajudava a esquecer as perdas recentes. Quando Hayrmis ofereceu a Yaset um lugar seguro para usar de base, dando a entender que já era hora de prosseguir com sua "missão de vida", todas as lembranças da segunda morte de Zu-hur voltaram à tona, preenchendo seu coração com o ódio necessário para fazê-la prosseguir. A viagem pelo Egito faz Yaset pensar nas influências atlantes para os antigos habitantes daquela terra, talvez por influência de seu próprio pai. Ao entrarem na torre, alguns toques de arquitetura atlante, mesclados aos traços das culturas que o gênio conheceu, deixam a atlante impressionada.

Tentando entender como foram os 10.000 anos de Hayrmis longe dela, Yaset se dirige até a biblioteca, lembrando que era um dos lugares em que o pai mais gastava seu tempo na antiga Regulus. Ela vê algumas mesas e cadeiras à frente de diversas estantes com livros e outros artefatos ao fundo. Numa das mesas, uma criatura vagamente humanoide, com feições felinas e asas vermelhas escreve sobre papéis. Ela segura uma pena de escrever com um topázio incrustado. É aquela pedra que Haermys e Yaset precisam para tomar posse da torre.

"Posso tentar convencer essa criatura que sou digna de pegar a pedra, ou... Posso só pegá-la. Quando tivermos posse da torre, terei tempo o suficiente para tentar impressioná-la com meu conhecimento."

Como uma perfeita ladina, Yaset usa todo o conhecimento mágico e artefato ao seu favor para tomar a caneta da esfinge sem deixar rastros. A regulana cobre sua cabeça com o capuz do Manto, tornando-se invisível, enquanto invoca a Força para ler a mente da criatura.

“Hoje até que as coisas estão quietas por aqui. Talvez ainda não esteja na hora da batalha no jardim e certamente a Mut está dormindo. Isso me deixa mais sossegado para traduzir este livro… Nossa! Como é difícil segurar esta caneta!”

O gato está focado na caneta, mas a dificuldade de segurá-la dá uma ideia para Yaset. Mantendo-se à porta, sem entrar na biblioteca, ela conjura um portal pequeno o suficiente para passar a sua mão e puxar a caneta rapidamente.

— Ah! De novo, não! Essa caneta sempre escapa das minhas unhas – o gato grita e salta da escrivaninha, procurando o objeto pelos cantos da biblioteca — Onde foi parar desta vez?

Yaset dispara pela escada tentando se esconder e entra no observatório de uma vez. O local  parece ser o antigo dormitório do dono da Torre, com uma grande cama, mesas de cabeceira com abajures esféricos e uma poltrona. Um telescópio aponta para fora da estrutura do aposento, atravessando a parede. Mas Yaset não tem tempo para analisar o local e lembrar se sua terra natal, pois uma das mesas de cabeceira revela-se um construto, com a esfera servindo de cabeça para o golem. Dentro dela, pode-se ver um citrino. Pega de surpresa, o instinto da princesa a faz lutar para sobreviver.

— Alerta de invasores. Iniciar procedimentos de defesa...

Ativando os poderes do manto para tornar-se incorpórea e invisível, ela se afasta do construto e se aproxima de um dos cantos do observatório, tornando-se visível de novo para atrair ataques. O golem projeta a mão na direção de Yaset, disparando um raio elétrico que quase a atinge, não fosse o poder do manto ativado no último segundo,  tornando-a incorpórea novamente e permitindo que o raio a atravessasse sem que sofra qualquer ferimento. Novamente invisível, Yaset aproximou-se do golem para somente retirar o capuz e revelar sua localização, fazendo com que o construto a atacasse com seus membros. Mais uma vez, ela usa o poder do Manto e o golem se choca contra a parede. Ela percebe que o construto só usa os membros em ataque próximo e evita aparecer distante para que ele não disparasse aquele raio novamente. Sua estratégia de reaparecer em distâncias curtas próxima à parede e outros móveis funciona até certo ponto, pois não causa muito estrago no golem, apenas poucos amassados e alguns arranhões. Precisaria ser mais ativa.

Yaset reaparece a uma distância maior do construto, mas, antes que ele pudesse atirar seu raio elétrico, ela usa sua magia novamente, provocando um encontrão telecinético que atira o golem contra a parede. O golpe é tão forte que a esfera que lhe serve de cabeça se choca e o derruba. O construto solta uma grande quantidade de faíscas e faz um barulho terrível de motor engasgando. Ele se ergue mais uma vez, apontando na direção do teto e emitindo um raio elétrico muito poderoso que arrebenta o telhado, fazendo cair destroços sobre Yaset.

O construto caminha até os destroços, revirando-os à procura da invasora, mas Yaset ressurge diante dele uma última vez, fazendo com que se desequilibrasse e caísse de costas. Com o tombo, a esfera rola pelo chão, deixando o citrino à mostra. Yaset apanha-o, fazendo com que fosse ouvido um barulho de engrenagem, como se alguma coisa lá dentro daquele construto tivesse, enfim, encaixado no lugar. Em vez do som irritante de metal rasgado, ele passa a ressoar levemente, como o barulho da brisa na relva. A esfera é atraída até seu local de origem, servindo novamente de cabeça para o construto. Vapores começam a surgir de dentro da carapaça e  os vapores se movem de forma tranquila, em tons amigáveis de verde e azul. O golem levanta-se num salto, assustando Yaset.

— Priiii pipipipipi pripri pripri pripri! Sou o Chakmati, um dos guardiões da Torre. Agora que me trouxe de volta, serei seu servo. Muito prazer!

Yaset sorri com a nova apresentação do golem.

— O prazer é meu, Chakmati. Se você tivesse feito essa apresentação primeiro, não precisariamos daquele combate...

— Só agora, depois que conquistou a pedra que posso ser "civilizado". É um mecanismos de defesa da Torre!

— Você está bem? Sou Yaset, estou tentando reunir as gemas com meus amigos para restaurar o dono original da torre, quer me ajudar?

— Agora estou melhor, não me agrada ser um guardião violento, prefiro ser um mordomo gentil. Infelizmente, ainda não posso ajudá-la por completo. Minha saída deste aposento é negada até que todas as pedras sejam conquistadas. Eu lhe desejo sorte, madame.

***
[RESOLUÇÃO]
- Duendes ND Fácil (4 a 8)
- Werena x ND 6.
♥ 3+2 (Manipulação) + 1 (Atraente) + 2 (Esforço, resta 19) = 8
Sucesso! Werena ganha 1 XP.

- Fadas-Abelhas ND Fácil (4 a 8).
- Werena x ND 8.
♦ 1+2 (Misticismo) + 1 (Comunhão) + 2 (Escudo) + 1 (Esforço, resta 18) = 7
Falha! Werena não ganha XP.

Deixando as paixões que ocuparam seu tempo em Wanyama, era chegado o tempo de retomar a grande missão. Com seu charme não era difícil puxar conversa com os membros do grupo, Kitok tinha uma beleza e alegria que sempre a animava a Iara e afastava a consciência da imensa responsabilidade que tinham a frente, mas era com Yaset que amava afagar os cabelos e conversar, era como uma velha amiga mesmo conhecendo há tão pouco tempo. Saber que seria madrinha de uma criança empolgava a amazona, acostumada com o cuidado dos mais novos. Apesar da seriedade, Werena tenta aproveitar a visão daquela nova terra. Passara a vida na úmida terra das amazonas, e diante daquele mar de areia, imaginava curiosa como povos sobreviviam ali.

Chegando à Torre, a Icamiaba fica fascinada com a beleza multicultural ali, e como tudo era ao mesmo tempo estranho, mas com um toque familiar. Com atenção, escutou as instruções de Haermys e, assim que viu Yaset saindo primeiro, correu para o jardim. Werena se depara com uma espécie de estufa, com diversas plantas exóticas distribuídas em caminhos que levam ao centro, onde várias pequenas criaturas semelhantes a abelhas humanoides colhem néctar de flores do campo diante de uma grande árvore semelhante a um pessegueiro com marcas no tronco que lembram vagamente um rosto humano, carregando até uma colmeia em outra árvore, mais alta. Na ponta inferior da colmeia, uma esmeralda brilha. Não bastasse as criaturas aparentadas a fadas, diminutas criaturas feitas de folhas e galhos tentam impedi-las de fazer a colheita, que se agrupam em um tronco oco aos pés do grande pessegueiro. Um sorriso e uma alegria preenchem Werena, ela cheira as flores, aprecia as cores que quase esquece do aviso de Haerymis sobre as criaturas.

Após mais alguns passos encontra seu objetivo na árvore com rosto de gente. Se preocupa em como as fadas-abelhas lembram os marimbondos e pensa como não gostaria de sentir seu ferrão, tinha que bolar um plano bem miraculoso... Os duendes! Se estavam atrapalhando as fadas e sua joia estava na colmeia, era hora de fazer aliados! Sem saber se os duendes falam sua língua, ou se precisam da empatia dos animais, Werena decide arriscar. Ciente de sua beleza e seu carisma que ultrapassavam raças, ela se aproxima dos seres de folhas sorrindo e com uma voz aveludada.

— Os miraculosos duendes! Estou tão encantada em vê-los! Que sorte a minha! – Werena os bajula tentando ganhar seus favores — Estava observando essa laboriosa tarefa de impedir essas abelhudas, mas e se a gente tivesse um plano melhor? Comigo ao lado de vocês podemos não apenas defender a Árvore, mas mandar elas para longe! Vocês estão comigo! – ela ergue o escudo em pose heroica.

Os duendes olham com atenção e espanto para a gigante diante deles. Ficam admirados com a visão e reconhecem Werena como uma deles, pois também usa vegetais como roupas. Eles se enchem de esperança, com uma aliada daquele tamanho, a vitória era certa.

— Grande deusa da pele amadeirada como a nossa, seremos seus fiéis seguidores, ó bela divindade! Guie-nos e nos ajude a acabar com a praga que rouba o nosso néctar!

Depois dos esforços levantado a moral de seu grandioso e pequenino exército, Werena convoca sobre si a Comunhão com Yaci para que amplie sua força física. A gigantesca deusa aponta para a colmeia, de onde vinha um enxame de fadas-abelhas. O exército de duendes-folhas avança pelo campo, enquanto o enxame se foca em Werena. Apesar de usar o Escudo-Espelho para se defender das abelhas, elas são tão pequenas e tantas, que Werena recebe espetadas de pequenas lanças por todo o corpo.

— Os duendes invocaram uma demônia gigante! Tragam a poção!

De dentro da colmeia, uma abelha especial, com listras roxas e verdes, leva consigo uma lança especial, oca como uma agulha. Ela é protegida por um bando à parte de outras abelhas, que impedem que ela seja atacada até que consiga atingir o alvo. Enquanto uma parte do enxame foca na frente de Werena, a “formação aérea” especial contorna o corpo gigantesco da adversária e a abelha roxa perfura uma das nádegas de seu alvo.

Werena sente um formigamento e seu corpo começa a tremer. À sua volta, tudo parece crescer rapidamente, mas, na verdade, era ela quem diminuía de tamanho. Em poucos segundos, ela atinge a altura de quinze centímetros, o tamanho médio tanto das fadas-abelhas quanto dos duendes-folhas.

— Não tema, minha senhora – diz um dos líderes das folhas — Nós faremos de tudo para protegê-la. Seu tamanho não importa, é nossa musa e já nos ajudou bastante. Veja! Um pelotão conseguiu avançar o suficiente e está subindo a árvore delas! Iremos conseguir a esmeralda!

***
[RESOLUÇÃO]
- Cozinha: Ratos ND Fácil (4 a 8)
- Lahyla x ND6
♡1 + 2♧ (Misticismo) + 1☆( Invocar Objetos) + 2 (Esforço, resta 19) = 06
Sucesso! Lahyla ganha 1 XP.

- Cozinha: Líder ND Médio (8 a 12)
Lahyla x ND8
♡1 + 2♧ (Misticismo) + 2♡ (Arte) + 1☆( Invocar Objetos) + 2 (Esforço, resta 17) = 08
Sucesso! Lahyla ganha 1 XP.

Lahyla observa atentamente o local. Não é muito diferente de outras masmorras que ela conheceu. E lembra a última vez que ela explorou e perdeu seu amigo de viagem. Ela agora faz parte de uma equipe e todos ali parecem estar bem familiarizados com a ideia, mas a odalisca sempre foi muito desconfiada de gente nova. Graças a Haermys, ela se adaptou ao grupo.

Cada um segue um caminho dos que foram ditos por Haermys, seu companheiro elemental, mas os poderes do local fazem-no ter a liberdade de sair do meu corpo e para isso eu não estava preparada.

— Sempre me senti muito forte – diz Lahyla – Sempre lutei pra sobreviver, mas, agora que você não está comigo, não sou tão confiante.

– Nada tema, minha pequena Lahyla – diz o elemental, captando as tristezas da sua hospedeira – Sempre te considerei uma mulher muito forte e, por isso, te escolhi. Nada tema. Sempre estarei com você.

Com as palavras dele ecoando em sua mente, a dançarina entra em um dos cômodos. Ela encontra um aposento que mescla cozinha e laboratório. Potes, panelas e toda a sorte de utensílios estão organizados de maneira caótica e acolhedora, mas visivelmente esquecidas ali. Não demora muito e Lahyla percebe criaturas deslizando pelos cantos. Furtivas, elas entram e saem dos móveis, até que se agrupam e revelam ser criaturas aparentadas a ratos, levemente humanóides, que usam utensílios de cozinha como armas. A maior delas usa um avental e segura uma colher numa mão, ela abre as portas de um armário no alto, de onde se vê o brilho de uma safira.

Lahyla pensa em buscar sua espada a tiracolo, quando percebe que a líder das criaturas é uma fêmea. Usar um avental e uma colher lhe faz parecer uma mãe daquele bando todo. A feiticeira simpatiza por aquelas criaturas, parecem mais uma família do que criaturas hostis, e se lembra de todos os combates e mortes de seu caminho. Se um pudesse ser evitado, ela tentaria essa opção.

Ela passa a mão na cintura e pega seu chapéu. Ela ainda não teve muito tempo para treinar, mas lembra de estórias contadas na sua infância sobre a Cornucópia, e talvez estivesse com ela ali na cintura. Olhando atentamente nos olhos das criaturas, Lahyla se concentra e puxa de dentro do artefato uma porção de queijo. Se aquelas criaturas são realmente ratos, lhes presentear com aquela iguaria talvez conquistasse sua confiança.

Com gestos, Lahyla oferece o queijo, mas aponta para a pedra no armário que serve de dormitório para a líder dos ratos. Os integrantes do bando entreolham-se com desconfiança, mas, depois de saborearem o queijo, estão mais inclinados a aceitar Lahyla como sua nova líder. A oferta de Lahyla foi aceita bem pelo grupo, mas não pela mãe que busca algo mais. Ela observou o ambiente e percebeu que, apesar de há muito tempo abandonada, ainda é uma cozinha funcional.

— Lembro-me de todo o tempo que fui escrava e das vezes que troquei ideias com as copeiras ou as vezes que tive que eu mesmo cozinhar – diz a odalisca, mais para si mesma que para os ratos, embora eles prestem atenção às suas palavras.

Lahyla vai até a mesa e puxa vários ingredientes de alguns pratos típicos de sua terra. O chapéu responde de acordo e ela gesticula para a mãe ratazana que hoje a comida será por conta dela.

— Espero que dê certo – diz Lahyla, descascando alguns legumes.

Rapidamente, a dançarina preparou homus, tabule, falafel  e pão pita. Ela distribuiu os pratos na mesa, convocando os ratos para o banquete. Curiosos, mas decididos, eles se organizaram à volta dos alimentos e compartilharam. A líder, porém, desdenhou. Provou alguns bocados e cuspiu na frente de Lahyla. A feiticeira, porém, não desistiu e persistiu. Fez kafta e kibe, assados no fogo mágico da cozinha da Torre, servindo novamente ao bando, mas, desta vez, a líder cedeu ao tempero de Lahyla e comeu sem cuspir. Percebendo que estava vencendo a rabugice da ratazana, a dançarina chamou a líder para ajudá-la na preparação de doces. Ela se animou e usou a colher com a safira para preparar a massa de biscoitos maamoul.

Enquanto os biscoitos assavam, a líder aconchegou-se nas pernas de Lahyla e, num ato de reconhecimento, ofereceu a colher a ela. Lahyla, porém, dividiu a colher, deixando o instrumento com a ratazana e apanhando para si a pedra safira. Esperou o tempo dos biscoitos e serviu ao bando, deixando-os sozinho no banquete e voltando ao salão.

— Yaset! Consegui a safira – Lahyla entrega a pedra a Yaset, que já estava diante de Haermys, colocando o citrino e o topázio na chave.

— Ótimo! Já temos metade – responde a regulana — Será que Werena teve dificuldades de conseguir a pedra do jardim? De qualquer modo, restam somente dois aposentos a serem explorados, o estábulo e o porão. Onde prefere ir?

[OBJETIVOS]
- Estábulo: Hipogrifo ND Difícil (12 a 16).
Aquele que se decidir pelo Estábulo, esbarra em dois ambientes. Uma pista de corrida com obstáculos e uma estrutura com uma baia onde descansa uma criatura quimérica, um animal escamoso com patas traseiras que lembram as garras de uma águia, membros anteriores semelhantes a leões , pescoço e cauda longos, cabeça com chifres, língua de cobra e crista, com asas de cisne. A criatura se eriça toda e voa na direção do invasor. Um rubi pode ser visto na sela que ela usa.

- Porão: Esqueleto ND Fácil (4 a 8). Ammyt ND Difícil (12 a 16).
Aquele que se decidir pelo Porão, encontra uma galeria com quatro câmaras, como se fossem uma despensa. A primeira coisa que vêm é uma balança com alguns pesos, mas, à sua frente, uma fera do tamanho de um grande cão está dormindo, roendo um osso. A criatura é nitidamente uma quimera com patas traseiras de hipopótamo e frente do corpo de leão, onde uma juba emoldura uma cabeça de crocodilo. O guardião dorme, mas, ao fundo, uma figura esquálida se move, pulando como se tivesse apenas um pé, apoiada no que parece ser uma vassoura. É um esqueleto que serve de zelador para a Torre. Uma ametista está incrustada na coleira do “cão”.


Última edição por Anfitrião em Ter Nov 30, 2021 6:16 pm, editado 3 vez(es)
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Tyler Greymane

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MensagemAssunto: Re: Episódio 08 - A Torre Táumica   Episódio 08 - A Torre Táumica EmptyDom Nov 21, 2021 11:44 pm

Ao ver a vila a partir do mirante, Tyler suspirou de alívio. Poderia encontrar ajuda para fugir ali, ou apenas se ocultar tempo o suficiente. Ou organizar uma resistência armada. O que fosse possível. Seus planos foram cortados ao perceber uma aproximação.

— Tá de sacanagem...

Tyler grunhiu baixo, encarando Ban retirar seu manto, ouvindo o que ele dizia. Em sua mente, uma infinidade de ofensas brotaram. Puxou rapidamente a coroa de sua jaqueta, fazendo balançar o colar que usava. Um pequeno sorriso brotou em seu rosto.

— Curioso, Shang falou sobre você. Sua descrição bate. Ele não guarda boas memórias, mas me recordo das histórias... — Greymane sorriu simpático. Tinha a faca em uma mão, o arco pendurado em seu pulso. Na outra, apenas gestos. — Mas Shang não existe mais, não do jeito que conheci. E talvez tenhamos um inimigo em comum agora... mas você tá cagando pro que eu disse, né?

[Ação continua na MP]
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nickahnor

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MensagemAssunto: Re: Episódio 08 - A Torre Táumica   Episódio 08 - A Torre Táumica EmptySeg Nov 22, 2021 5:47 pm

Após passar pela guarda com certa facilidade Nick chega a um tipo de aldeia tribal e logo é recepcionado por um homem de longos cabelos, feições felinas e pose altiva enquanto fareja o ar à procura da traidora que viera buscar.
Tendo em mente que depois da forma que passara pelos guardas seria pouco provável ser recebido para um café mas ainda assim querendo evitar perder mais tempo com um confronto desnecessário, Nick se abaixa e faz um desenho rústico de uma mulher alada com uma coroa, se ergue e sacando um pedaço de roupa da princesa que usara para fareja-la até ali aponta para o desenho que fizera no chão e depois para o pedaço de tecido com a outra mão e ergue o queixo em tom inquisitivo encarando o estranho que acabara de chegar como quem dissesse “e aí?” ou mais especificamente “onde ela está?” enquanto emite um rosnado.
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Iara Werena

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MensagemAssunto: Re: Episódio 08 - A Torre Táumica   Episódio 08 - A Torre Táumica EmptyQua Nov 24, 2021 2:34 pm

Werena leva as mãos a cabeça confusa com a situação, nem nos seus mais loucos delírios imaginava que algo assim poderia acontecer, o local da ferroada tinha um leve ardor, mas esse não era o maior problema. Mais uma falha, conseguia ouvir a risada de Tayná em sua cabeça, o deboche e a raiva dizendo que não era digna do escudo-espelho. A iara só retorna ao presente quando um dos duendes pousa a mão em seu ombro compadecido.

— Não tema, minha senhora – diz um dos líderes das folhas — Nós faremos de tudo para protegê-la. Seu tamanho não importa, é nossa musa e já nos ajudou bastante. Veja! Um pelotão conseguiu avançar o suficiente e está subindo a árvore delas! Iremos conseguir a esmeralda!

Os olhos sinceros e brilhantes daquele ser amolecem o coração de Werena e seus olhos ficam úmidos. O importante não era vencer imediatamente, mas não se render enquanto não conseguisse a vitória.

— Eu ainda não me rendi tropa, continuarei com vocês! Vou convocar uma grande ventania, não fiquem tão próximos de mim, usem a brecha para pegarem aquela esmeralda.

A icamiaba avança novamente, tinha levado aquilo para o pessoal, se descuidou acreditando que a tarefa seria simples e acabou naquela condição. Usando suas emoções como combustível a iara grita chamando atenção das abelhas.

— Vocês vão pagar por isso! Coletem isso!

Os olhos de Werena se iluminam e seus cabelos flutuam numa dança caótica, ritmada pelo ar que torna-se mais denso ao redor da amazona. O movimento circular vai se intensificando até tomar a forma duma ventania arrasadora, não tão grande como seria em seu tamanho original, mas o suficiente para descontar a frustação de ter sido diminuída daquela forma. Ela convoca seu feitiço e espera mandar para longe as fadas-abelhas que voarem em sua direção, limpando o campo para que seus aliados duendes pudessem pegar a esmeralda para ela.

Caso concluído, ela pegara a gema, erguerá o escudo e bradará a vitória antes de se retirar.

— Eu voltarei para vocês, muito em breve! Me aguardem, e sua musa voltará triunfante!

____________________________


— Ótimo! Já temos metade – responde a regulana — Será que Werena teve dificuldades de conseguir a pedra do jardim? De qualquer modo, restam somente dois aposentos a serem explorados, o estábulo e o porão. Onde prefere ir?

— Você nem imagina a dificuldade - Werena resmunga de raiva, o que acaba saindo mais fofo do que ameaçador pelo seu pequeno tamanho. Ela leva a esmeralda sobre sua cabeça com dificuldade. Ela quase cai, até sentir a cabeça zunir e o mundo a sua volta diminuir, ou melhor, Werena voltando ao seu tamanho normal. Isso não é algo que eu poderia prever - ela entrega a esmeralda e revira os olhos. Dessa vez, mais cautela né... - Ela cruza os braços com Lahyla e vai indo em direção ao portão - Dessa vamos juntas né? Oportunidade perfeita pra ficarmos mais próximas.

O caminho até o porão é ocupado com a iara fofocando para a odalisca os detalhes de sua desventura no jardim, ainda não tinha processado a sensação de ser encolhida, e precisava destilar sua raiva das abelhas com alguém para dissipar sua frustação, já que no fundo sabia que não tinha sido um ataque pessoal. Ela para de tagarelar no instante que descem do último degrau e veem a fera dormindo.

- Lahyla eu vou tentar encantar aquela criatura, me da cobertura?

Werena primeiro se concentra e faz uma prece para Yaci, pedindo que a mãe lua exalte seus dotes e eleve seu charme para domar aquela fera.

- Mãe luna, peço pelo teu véu encantado, pela doçura maternal do cuidado e do afeto. Que sua benção reflita em mim seu zelo e seu cuidado, sua energia apaziguadora de teu colo lunar.

Apesar da criatura ser muito diferente de qualquer outra que a iara tenha visto, a ametista chama-lhe logo a atenção, ela estende a mão para perto do focinho de Ammyt para que reconhecesse seu cheiro.

- Oi bonitinho... - ela diz de forma doce para não acordar a fera de forma brusca - Que juba mais linda! - Werena passa os dedos de forma suave de forma a manter a criatura confortável - Quem é o guardião mais encantador? Quem é? É você!

Ela espera que seu charme bajulador mantenha a fera relaxada e pudesse lhe tirar a coleira sem tirá-la de seu estado de conforto.



[OFF]
3♧ + 2 (Misticismo) + 1 (Poeira Lunar) + 6 esforço (Restam 12) = 12

3♧ +  ♥ 3 + 2 (Misticismo) + 2 (Manipulação) + 1 (Atraente) + 1 (Comunhão) + 4 (Esforço, restam 8) = 16
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Mick Fear

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MensagemAssunto: Re: Episódio 08 - A Torre Táumica   Episódio 08 - A Torre Táumica EmptyQua Nov 24, 2021 4:46 pm

Yaset sorri com a nova apresentação do golem.

— O prazer é meu, Chakmati. Se você tivesse feito essa apresentação primeiro, não precisariamos daquele combate... Você está bem? Sou Yaset, estou tentando reunir as gemas com meus amigos para restaurar o dono original da torre, quer me ajudar?

A princesa volta ao salão principal, onde encontra Hayrmis. Em seguinda, Lahyla  e Werena aparecem com mais gemas. O trio se divide entre os cômodos restantes.

— Madrinhas, pelo que pude perceber, os guardiões das gemas são amigáveis, só estão protegendo seu lar. Não precisamos ser hostis com eles.

Se afastando do salão princinpal e indo na direção dos Estábulos, Yaset imagina que tipo de montarias seu pai teria ali, já que quando viviam em Regulus os dois podiam ir a qualquer lugar com suas próprias asas, sem precisar de montarias.

Quando entra no cômodo, uma criatura voa em sua direção. Yaset tenta voar para se esquivar.

"Pelo jeito papai deu um jeito de continuar voando por aqui...".

Ainda no ar, a regulana tenta atrair o grifo numa espécie de pega-pega, usando toda sua habilidade de vôo adquirida nos céus de regulus. Enquanto isso, tenta estabelecer um elo telepático com a criatura para convencê-la de que não é uma inimiga.

— Saudações, belíssima caçadora. Sou Yaset, filha de Hairmys e estou tentando devolver a torre para seu dono original. Se importaria em me ajudar? Só preciso dessa gema que você guarda...

Yaset espera uma resposta da criatura, mas caso ela não ajude, a princesa tenta fazer uma acrobacia em meio a perseguição para passar por cima do grifo e alcançar a gema em sua cela.

Teste:
1♤ + 2♤ (Vôo) + 1☆(Solar) + 2♧ (Misticismo) + 1♡  (Poder Telepático) + ♡2 + 6 (Esforço, resta 12) = 15
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MensagemAssunto: Re: Episódio 08 - A Torre Táumica   Episódio 08 - A Torre Táumica EmptyQua Dez 01, 2021 8:35 pm

CONTINUAÇÃO

[RESOLUÇÃO]
- Conflito de Luta: Tyler x Ban
Tyler: ♦ 4 + Flecha-Rede 1 + Tiro 2 + ♣ 1 + ♠ 3 + Luta 2 + Esforço 0 (21) = 13 pontos.
Ban: ♣ 1 + Chi Elemental 1 ♣ + ♠ 3 + Luta 2 ♠ + Ataque Chi 1 ♠ + ♦ 3 + 4 ♦ (Cinturão) + Esforço 0 (21) = 15 pontos.
Vitória de Ban! Ban ganha 1 xp.

- Conflito de Manipulação: Tyler x Ban
Tyler: ♥ 1 + Má Fama -2 + Esforço 5 (16) = 4 ponto (ND Fácil)
Ban: ♣ 1 + Esforço 0 (21) = 1 ponto
Vitória de Tyler! Tyler ganha 1 xp.


Ban caminhou por muito tempo, muito. O monge atravessou as cordilheiras, lutou batalhas que não eram suas, bebeu, farreou, não era mais monge, nem era mesmo Ban. Não entendia a extensão do vazio que sentia. Ser o último, por vezes, não era tão ruim, pessoas lhe cumprimentavam quando passava por elas, ganhava comida e bebida nas tabernas, era desafiado por jovens indolentes que queriam provar sua coragem. Aquilo o distraiu de sua existência por momentos breves, mas o terror da chacina sempre retornava em seus pesadelos. Certa noite, Ban acordou ensopado de suor, com a respiração trêmula e cortada. Imagens de sua vila vinham em flashs, gritos, xingamentos, sons de luta… Ele sabia em seu íntimo que teria de voltar, rever seus fantasmas.

As ruínas erguiam se entre os picos da cordilheira, tudo era silencioso e a morte soprava por entre os portais. Ban caminhava naquele terreno desolado, olhando cada detalhe, cada lembrança. Não há mais nada que Ban possa defender, além de sua memória. Subitamente, escutou entre os pavilhões, sons de pessoas conversando, aquilo inflamou Ban, o ódio tomou seu corpo e sua mente. Aquilo não ficaria assim.

Ao ver a vila a partir do mirante, Tyler suspirou de alívio. Poderia encontrar ajuda para fugir ali, ou apenas se ocultar tempo o suficiente. Ou organizar uma resistência armada. O que fosse possível. Seus planos foram cortados ao perceber uma aproximação. Ban estava ali, sozinho, sentindo-se uma sombra de algo que já foi grandioso e belo. Agora teria de enfrentar mais um invasor, mais um destruidor, mais um inimigo.

— Tá de sacanagem...

Tyler grunhiu baixo, encarando Ban retirar seu manto, ouvindo o que ele dizia. Em sua mente, uma infinidade de ofensas brotaram. Puxou rapidamente a coroa de sua jaqueta, fazendo balançar o colar que usava. Um pequeno sorriso brotou em seu rosto.

— Curioso, Shang falou sobre você. Sua descrição bate. Ele não guarda boas memórias, mas me recordo das histórias... — Greymane sorriu simpático. Tinha a faca em uma mão, o arco pendurado em seu pulso. Na outra, apenas gestos. — Mas Shang não existe mais, não do jeito que conheci. E talvez tenhamos um inimigo em comum agora... mas você tá cagando pro que eu disse, né?

O monge espaça ambos os pés, agacha levemente enquanto tensiona os braços com as mãos espamaldas, a milenar postura do Dragão, ensinada a muito tempo por seu mestre, agora somente Ban detinha aquele conhecimento.

Tyler sabia que não seria fácil. O último dragão estava diante dele. Mesmo com tantas lutas, o caçador deveria admitir: Ban era ameaçador. Já ouvira falar dos perigos, e não estava disposto a sentir a fúria de seu poder. Mas teria que lutar. Não se podia simplesmente deixar ser atingido.

— Digo que é uma grande honra estar diante do último dragão... — Tyler girou a faca na mão, mas a guardou e fez descer do pulso a coroa lunar. O arco formado de imediato brilhava em sua mão direita. — Sei que vou ter que provar meu valor aqui. Mas eu estou do seu lado, e é isso que precisa saber.

Raios elétricos percorrem os membros do dragão vermelho, produzindo um brilho intenso. A eletricidade flui dos braços para os antebraços e, por fim, para as mãos de Ban, formando uma esfera de energia. Este é o golpe Zhen Qiu, que canaliza a energia espiritual “Chi” nas mãos e, em posição de ataque, junta os punhos arremessando-a com força em direção ao adversário. A energia desse ataque é representada por uma bola azul luminosa com raios percorrem a superfície da esfera. Ban havia aperfeiçoado esta técnica durante todo o tempo que passara só. Seu ódio é tão grande que ataca Tyler com toda sua força.

A esfera eletrificada atinge Tyler como um raio. Ele já havia sofrido golpes antes, mas não com uma força com aquela. Sua sorte é ser um soldado experiente e resistente, seu corpo grande e vigoroso aguentou o impacto inicial, mas, quando viu que Ban produzia mais energia para um segundo impacto, armou o Arco Lunar e evocou uma flecha-rede. O fio dourado surgiu e uma flecha especial apareceu. O caçador atirou, a flecha voou em direção a Ban e, quando estava prestes a atingi-lo, sua ponta repartiu-se em oito pedaços, cada uma afastando-se das outras e formando uma rede da mesma matéria luminosa do fio do arco, prendendo o monge-dragão a uma parede rochosa.

O que Tyler não esperava era que a força de Ban estivesse tão aumentada pelo poder do Cinturão do Dragão. Flexionando os braços e forçando os fios luminosos, Ban arrebentou a rede com facilidade. Irado, ele avançou e deu uma voadora em Tyler, atingindo o peito do oponente. O caçador caiu de costas e se levantou rapidamente, apenas para ser surpreendido com uma sequência de socos e chutes eletrificados. Ban está atento ao poder do Arco e tenta tomá-lo para si, mas Tyler é esperto o suficiente para manter a arma consigo a qualquer custo.

O caçador toma distância, fugindo de uma luta corpo-a-corpo, mas Ban é tão rápido quanto ele. Fugir não é a opção mais segura e Tyler sabe que manter alguém preso seria melhor para conversar do que ter alguém o perseguindo. Mesmo em fuga, o caçador, focou seus movimentos de luta para agarrar Ban e prendê-lo ao chão, para garantir que o dragão não iria simplesmente fugir, mantendo sua atenção para que sua caça fosse solo. Que ninguém intervisse. Outro erro. Embora Tyler fosse fisicamente mais forte que Ban, o Cinturão lhe conferia uma força maior que a do caçador. O dragão ergueu as mãos de Tyler com seu antebraço, ao mesmo tempo que invocava seu Chi do Relâmpago para eletrocutar os membros do mercenário. O choque arremessou o caçador alguns metros. Cansado, queimado e derrotado, Tyler foi erguido pelo colarinho com apenas uma das mãos de Ban, enquanto a outra acumulava Chi para um golpe fatal.

— Sei bem que minha fama me precede, e sei que não pretende acreditar no que digo, mas me escute. Abandonei John Turk de vez, matei seus guardas e fugi de seu covil com seu mais valoroso tesouro — Tyler olha para o Arco que portava. — Turk está focado em seus objetivos e irá passar por cima de tudo, bem como fez com Longshan. Eu não compactuo com isso. Eu sou um caçador, não sou um destruidor. Ele criou bioarmaduras com material alienígena, e destroçou a vida de meus companheiros, os jogou no lixo, os descartou como se nada fossem! — A essa altura, Tyler já tomava um tom de voz mais elevado, parecendo até rosnar, com seus olhos semi-rubros apontavam diretamente para os de Ban, sem qualquer hesitação. — Se eu fosse desonrar seu lar, acha mesmo que eu viria sozinho!? Acredite ou não, eu estou do seu lado. E se não nos ajudarmos, Turk irá destruir a todos nós.

Ban foi surpreendido, não esperava ouvir o apelo de Tyler tão sincero. Ele reconhece a coroa que o arco se transformou após cair das mãos do caçador.O mercenário ergue as mãos em rendição.

— O que é mais importante a ti, Ban? Sua vingança, ou salvar a todos? O que seu corpo sente ser mais honroso?

O monge-dragão dissipa o chi que percorria seu corpo e soca o mercenário no rosto.

— Vejamos o que Yaset pode dizer disto.

O que a dupla não esperava é que reforços de Turk já estavam em seu encalço. As luzes do Arco Lunar e do Zhen Qiu denunciaram a localização deles. Dastan, Nefret, Ji e Shang já podiam avistá-los. Os tenentes estão acompanhados por um bando de lacaios, soldados rasos que servem de guardas para John Turk.

***
[RESOLUÇÃO]
- Conflito Social: Nick x Kitok
Nick: ♥ 1 + Esforço 4 (15) - 1 Monstruoso - 1 Mudo = 3 pontos (ND 14-3 = 11)
Kitok: ♣ 1 + Esforço 0 (21) = 1 ponto.
Falha! Nick não ganha xp.

- Conflito de Luta: Nick x Kitok
Nick: ♠ 2 + ♦ 4 + Mordida 1 + Luta 2 + Esforço 2 (13) = 11 pontos.
Kitok: ♠4 + ♦3 + 4♠ (Sandálias) + Esforço 0 (21) - 1 Ponto Fraco = 10 pontos.
Vitória de Nick! Nick ganha 1 xp.

Após passar pela guarda com certa facilidade, Nick chega à aldeia tribal de Wanyama e logo é recepcionado por um homem de longos cabelos, feições felinas e pose altiva, enquanto fareja o ar à procura da traidora que viera buscar. Kitok havia chegado rapidamente à margem do Lago Nyanza devido ao poder das Sandálias da Velocidade. Queria ver por si mesmo antes até do restante do exército de Wanyama chegar. Se há uma coisa que o regente preza tanto quanto sua beleza deslumbrante é a imagem de grande protetor e herói de Wanyama. Nick, por sua vez, tendo em mente que, depois da forma que passara pelos guardas, seria pouco provável ser recebido para um convescote. Ainda assim, querendo evitar perder mais tempo com um confronto desnecessário, Nick-Ahnor se abaixa e faz um desenho rústico de uma mulher alada com uma coroa. Ele se levanta e, sacando um pedaço de roupa da princesa que usara para farejá-la até ali, aponta para o desenho que fizera no chão e depois para o pedaço de tecido com a outra mão, erguendo o queixo em tom inquisitivo e encarando o príncipe que acabara de chegar.

Kitok olha desconfiado para uma criatura tão estranha para quem nunca viu qualquer ser marinho. O invasor era obviamente um feral, ou um parente distante e desconhecido, talvez de uma tribo perdida, mas, ainda assim, precisaria responder por seus atos. Matar os guardas kafi da fronteira de Wanyama era quase como um crime de guerra se aquela criatura pertencesse a uma sociedade como o reino que Kitok governa. Porém, a tentativa de Nick-Ahnor de pedir ajuda, perguntando por mímica onde Yaset estava foi frustrada. O regente de Wanyama julgou com as peças que tinha consigo: uma criatura invade seus domínios, mata seus guardas e rosna à procura de uma convidada exilada em seu reino. Obviamente, pensou, aquele diante de si era nada mais que um assassino contratado. Um anfitrião como ele jamais poderia deixar que passasse incólume.

Prevendo a recepção agressiva do Kitok, Nick coloca o pé esquerdo à frente e se apoia no direito aguardando pelo ataque do felino. O regente ataca velozmente o tubarão humanóide, dando socos repetidos no nariz do atlante. Nick-Ahnor é surpreendido com aquela velocidade estupenda. Jamais, em toda sua vida, viu alguém com movimentos tão céleres. Nem mesmo Marlim, o líder da casta dos golfinhos de Atlântida. O felino brinca com o peixe, vaidoso, achando graça e aguardando que alguma plateia chegasse para vê-lo em ação. Nick, por outro lado, suporta os ataques com seu corpo resistente forjado nas pressões de águas profundas. A vaidade de Kitok é sua fraqueza, o tubarão revida de modo semelhante ao primeiro ataque do felino, acertando-lhe o nariz. O feral se desespera, um golpe daqueles poderia desfigurar seu lindo rosto. O desespero é sentido pelo olfato poderoso de Nick e a hesitação de Kitok faz com que ele baixe sua guarda.

Assim que Kitok ataca Nick novamente, o atlante segura-o com os braços, cravando seus dentes em seu ombro e o arremessando no lago. A força do arremesso foi mal calculada e, embora Kitok tenha atingido a água, não se pode dizer o mesmo de seu braço esquerdo, ainda entre os dentes do tubarão.

Não era isso que Nick queria. Sabia que estava lutando contra o regente e um ato como aquele significa problemas além de suas capacidades. Assustado com seu próprio feito, cuspiu o braço de Kitok na terra e saltou nas águas. O felino perdia muito sangue e o choque fez com que perdesse os sentimentos. Se ele não morresse de hemorragia, morreria afogado. Nick-Ahnor alcançou o felino, levou-o de volta à margem a tempo de ver Zazel se aproximando pelo ar. A bawa sacou uma trombeta, chamando todo o exército para aquele ponto de Wanyama.

***
[RESOLUÇÃO]
- Fadas-Abelhas ND Médio (8 a 12).
- Werena x ND 10.
3 ♧ + 2(Misticismo) + 1(Poeira Lunar) + 6 Esforço (12) = 12
Sucesso! Werena ganha 1 XP.

- Ammyt ND Difícil (12 a 16).
- Werena x ND 16.
3♧ + ♥ 3 + 2(Misticismo) + 2(Manipulação) + 1(Atraente) + 1(Comunhão) + 4 Esforço (8) = 16.
Sucesso! Werena ganha 1 XP.

Werena leva as mãos à cabeça confusa com a situação, nem nos seus mais loucos delírios imaginava que algo assim poderia acontecer. O local da ferroada tinha um leve ardor, mas esse não era o maior problema. Mais uma falha, conseguia ouvir a risada de Tayná em sua cabeça, o deboche e a raiva dizendo que não era digna do escudo-espelho. A amazona só retorna ao presente quando um dos duendes pousa a mão em seu ombro compadecido.

— Não tema, minha senhora – diz um dos líderes das folhas — Nós faremos de tudo para protegê-la. Seu tamanho não importa, é nossa musa e já nos ajudou bastante. Veja! Um pelotão conseguiu avançar o suficiente e está subindo a árvore delas! Iremos conseguir a esmeralda!

Os olhos sinceros e brilhantes daquele ser amolecem o coração de Werena e seus olhos ficam úmidos. O importante não era vencer imediatamente, mas não se render enquanto não conseguisse a vitória.

— Eu ainda não me rendi, tropa! Continuarei com vocês! Vou convocar uma grande ventania, não fiquem tão próximos de mim, usem a brecha para pegarem aquela esmeralda.

A icamiaba avança novamente, tinha levado aquilo para o pessoal, se descuidou acreditando que a tarefa seria simples e acabou naquela condição. Usando suas emoções como combustível, a amazona grita chamando atenção das abelhas.

— Vocês vão pagar por isso! Coletem isso!

Os olhos de Werena se iluminam e seus cabelos flutuam numa dança caótica, ritmada pelo ar que se torna mais denso ao redor da amazona. O movimento circular vai se intensificando até tomar a forma duma ventania arrasadora, não tão grande como seria em seu tamanho original, mas o suficiente para descontar a frustração de ter sido diminuída daquela forma. Os nós da magia se fortalecem e, embora a ventania fosse, para um espectador humano, não maior que redemoinho de poeira, para as fada-abelhas, é suficiente para impedir o avanço aéreo.

As fadas-abelhas são defenestradas pela ventania invocada por Werena. Isso provoca a ira da Rainha, tomando a amazona como inimiga pessoal, convocando um enxame para escoltá-la. Uma a uma as abelhas caíam, mas a rainha permanecia firme, até restar solitária frente a frente com Werena. Cada passo que ela dá é conquistado com muito esforço, até que as adversárias estão cara a cara.

Assim que a Rainha ergue a lança para golpear Werena, a amazona desliza seu braço mostrando o cenário: todas as abelhas estavam com as asas machucadas pela queda provocada pela ventania e, o pior, as folhas já haviam conquistado a colmeia, resgatando a esmeralda e descendo da árvore vitoriosas. A Rainha olhou desconsolada, prostrada, à espera da morte nas mãos da inimiga, mas Werena apenas lhe ofereceu a mão para que se erguesse.

Os duendes entregam a esmeralda à sua musa. Ela pegou a pedra com dificuldade, devido ao tamanho reduzido, colocando-a nos braços como se fosse uma criança e então ergueu o escudo, bradando a vitória antes de se retirar.

— Eu voltarei para vocês, muito em breve! Me aguardem, e sua musa voltará triunfante!

Quando Werena deixa o jardim, sua altura volta ao tamanho normal e aquela esmeralda, que era quase metade do seu tamanho e extremamente pesada para uma criatura de quinze centímetros, agora é uma pedra leve que cabe na palma de sua mão fechada. Werena segue para a Sala principal, encontrando Yaset e Lahyla.

— Ótimo! Já temos metade – diz Yaset — Será que Werena teve dificuldades de conseguir a pedra do jardim? De qualquer modo, restam somente dois aposentos a serem explorados, o estábulo e o porão. Onde prefere ir?

— Você nem imagina a dificuldade – Werena resmunga de raiva, entregando a esmeralda e revirando os olhos.

— Madrinhas, pelo que pude perceber, os guardiões das gemas são amigáveis, só estão protegendo seu lar. Não precisamos ser hostis com eles.

Werena cruza os braços com Lahyla e vai em direção ao portão.

— Dessa vez vamos juntas, né? Oportunidade perfeita pra ficarmos mais próximas.

O caminho até o porão é ocupado com a amazona fofocando para a odalisca os detalhes de sua desventura no jardim, ainda não tinha processado a sensação de ser encolhida, e precisava destilar sua raiva das abelhas com alguém para dissipar sua frustração, já que no fundo sabia que não tinha sido um ataque pessoal. Ela para de tagarelar no instante que descem do último degrau e encontram uma galeria com quatro câmaras, como se fossem uma despensa. A primeira coisa que vêem é uma balança com alguns pesos, mas, à frente, uma fera do tamanho de um grande cão está dormindo, roendo um osso. A criatura é nitidamente uma quimera com patas traseiras de hipopótamo e frente do corpo de leão, onde uma juba emoldura uma cabeça de crocodilo. O guardião dorme, mas, ao fundo, uma figura esquálida se move, pulando como se tivesse apenas um pé, apoiada no que parece ser uma vassoura. É um esqueleto que serve de zelador para a Torre. Uma ametista está incrustada na coleira do “cão”.

— Lahyla, eu vou tentar encantar aquela criatura, me dá cobertura?

A dançarina das estrelas fica estática, pensando no que fazer, mas Werena toma a iniciativa, deixando Lahyla em sua passividade. A amazona se concentra e faz uma prece para Yaci, pedindo que a mãe lua exalte seus dotes e eleve seu charme para domar aquela fera.

— Mãe Luna, peço pelo teu véu encantado, pela doçura maternal do cuidado e do afeto. Que sua benção reflita em mim seu zelo e seu cuidado, sua energia apaziguadora de teu colo lunar.

Apesar da criatura ser muito diferente de qualquer outra que Werena tenha visto, a ametista chama-lhe logo a atenção, ela estende a mão para perto do focinho de Ammyt para que reconhecesse seu cheiro.

— Oi bonitinho... – ela diz de forma doce para não acordar a fera de forma brusca — Que juba mais linda!

A quimera acorda, rosnando a princípio, pensando que Werena queria o seu osso, mas, quando a amazona passa os dedos de forma suave pela juba, mantendo a criatura confortável, ela arfa de afeição.

— Quem é o guardião mais encantador? Quem é? É você!

Ammyt larga o osso e dá seguidos pulinhos querendo brincar com Werena. A quimera olha para o osso e para a amazona repetidas vezes, convidando-a para a brincadeira. Werena entende e, com cuidado, apanha o osso, deixando a criatura agitada. Werena atira o osso no fundo do corredor, quase acertando o esqueleto, que desvia derrubando a vassoura.

— Finalmente… Alguém… Para brincar… Com Ammyt… Estou cansado… De ter de usar… Meus ossos… Como brinquedo… – a voz do esqueleto é extremamente arrastada — Por favor… Devolvam… Minha perna...

Lahyla e Werena se assustam com aquela voz cadavérica, mas a dançarina se compadece e devolve o osso ao esqueleto, enquanto Werena distrai a quimera com carinhos e afagos na juba, aproveitando para retirar a ametista.

— Lahyla, pegue! Vá entregar a Yaset enquanto eu fico aqui mantendo Ammyt ocupada.

A dançarina sobe as escadas, mas ainda não encontra a regulana.

***
[RESOLUÇÃO]
- Estábulo: Hipogrifo ND Difícil (12 a 16).
- Yaset x ND 14.
1♤ + 2♤ (Vôo) + 1☆(Solar) + 2♧ (Misticismo) + 1♡  (Poder Telepático) + ♡2 + 6 Esforço (12) = 15.
Sucesso! Yaset ganha 1 XP.

Werena e Lahyla adiantaram-se para o Porão, deixando a Yaset a tarefa de conquistar o Rubi do Estábulo. Afastando-se para o seu destino, Yaset imagina que tipo de montarias seu pai teria ali, já que, quando viviam em Regulus, os dois podiam ir a qualquer lugar com suas próprias asas, sem precisar de montarias.

Yaset abre a porta para um descampado, o Sol brilha no alto, mas ela não sabe dizer se aquele é o sol regulano ou o terrestre, onde uma construção com dois ambientes se destacam: uma pista de corrida com obstáculos e uma estrutura com uma baia onde descansa uma criatura quimérica, um animal escamoso com patas traseiras que lembram as garras de uma águia, membros anteriores semelhantes a leões, pescoço e cauda longos, cabeça com chifres, língua de cobra e crista, com asas de cisne. A criatura se eriça toda e voa na direção de Yaset, que também alça voo para se esquivar. Um rubi pode ser visto na sela que ela usa.

"Pelo jeito, papai deu um jeito de continuar voando por aqui..."

Ainda no ar, a regulana atrai o hipogrifo numa espécie de pega-pega, usando toda sua habilidade de voo adquirida nos céus de regulus. Enquanto voa, Yaset tece nós de magia para estabelecer um elo telepático com a criatura.

— Saudações, belíssima caçadora. Sou Yaset, filha de Haermys, e estou tentando devolver a torre para seu dono original. Se importaria em me ajudar? Só preciso desta gema que você guarda…

— Saudações, filha de Haermys. Se é quem diz ser, sabe que meu amo não deixaria que lhe entregasse uma das chaves da Torre sem que merecesse. Meu nome é Vahapnir Mushuham, mas pode me chamar de – ele fala baixo, tímido – Mumu.

— O que posso fazer para convencê-lo?

— É a primeira criatura alada que vejo em séculos. A sua aparência é semelhante à do meu antigo amo. Começo a perceber semelhanças, inclusive no cheiro. Então facilitarei as coisas: se me vencer numa competição, ganhará a pedra. Porém, se não me vencer, será minha companhia até que surja outro pretendente a Senhor da Torre.

— Feito!

— Que vença o melhor!

As duas criaturas aladas descrevem rodopios como dois pássaros velozes. As asas emplumadas de ambos refletem a luz do sol, produzindo um brilho que deixa um rastro no ar. Desenhos são formados em harmonia, tranças, espirais e nós semelhantes aos nós de energia táumica que Yaset tece quando usa a antiga magia regulana. O balé aéreo é tão belo que é uma pena não existir uma plateia para testemunhar tamanha beleza acrobática. O hipogrifo reconhece o esforço de Yaset e percebe o quão digna ela é. Estava quase cedendo quando a princesa faz uma acrobacia em meio a perseguição para passar por cima do grifo e alcançar a gema em sua cela. O hipogrifo pousa na pista de corrida, com Yaset em sua garupa.

— Foi formidável, minha ama. E terminou a perseguição de forma majestosa. A gema é sua e torço para que consiga as demais chaves da Torre. Será uma honra poder servir à senhora.

Yaset retorna ao Salão principal, onde encontra Lahyla, que lhe entrega a ametista. Munida com as últimas gemas, Yaset invoca para si a posse da Torre Táumica. Todas as portas se abrem e os habitantes do lugar encontram-se com ela. Werena vai acompanhada de Ammyt e Leto, agora caminhando com as duas pernas. A rainha das fadas-abelha, Ápis, também se apresenta à nova Senhora da Torre, assim como Lótus, o líder dos duendes-planta e maior admirador de Werena. Freda, a líder do povo-rato da cozinha, ainda comendo restos da comida preparada por Lahyla faz reverência. Apenas Sphinx, o gato da biblioteca, não parece satisfeito, ainda mais quando vê o topázio que era seu dever guardar exposto na chave de Yaset.

— Conseguimos, madrinhas. Esta residência não é só minha, mas também de vocês – vibra a regulana.

— Eu sabia que conseguiria, minha filha – Haermys fala com orgulho, para o espanto de Mumu, que ainda não acreditava em Yaset.

— Sei que os rapazes estavam cada qual com seus afazeres, Kitok regendo Wanyama e Ban tentando alguma maneira de reconquistar seu lar, mas acho que eles ficariam felizes em saber que temos onde ficar agora. Vou contactá-los com minha magia.

Yaset tece nós de energia táumica. Primeiro à procura de Kitok, como anfitriã, faria uma recepção digna de um rei, mas não sente seu aliado disponível. Isto a alerta para que algo esteja acontecendo em Wanyama e precisa ser investigado. Logo em seguida, procura por Ban. Ela tenta enviar uma mensagem ao monge-dragão, mas sua mente está repleta de adrenalina, como se estivesse em um combate. Enquanto o dragão vermelho lutava contra Tyler, os antigos aliados do mercenário haviam conseguido chegar até eles: Dastan, Nefret e os dois últimos dragões, traidores de Longshan: Ji e Shang. A regulana segura a cabeça, com a enxurrada de informações que vêm à sua mente.



[OBJETIVOS]
Longshan:

- Derrotar Dastan, ND Difícil (14-18)
- Derrotar Nefret, ND Difícil (14-18)
- Derrotar Ji, ND Difícil (14-18)
- Derrotar Shang, ND Médio (10-14)
- Derrotar os Lacios, são 12, cada um conta como um Nível de Dificuldade: 1 Muito Fácil (2-6) 2 Fácil (6-10), 4 Médio (10-14) e 8 Difícil (14-18). Os jogadores devem se organizar para derrotar a todos.

Wanyama:
- PvP: Nick, ND Especial (Nick precisa esperar quem vai lutar com ele)
- Passar pela Guarda de Wanyama (apenas Nick): ND Difícil (14-18)
- Derrotar Zazel (apenas Nick), ND Médio (10-14)
- Salvar Kitok: ND Médio (10-14): Um sucesso diminui o próximo teste em um nível de dificuldade.
- Convencer a Morte (apenas Kitok): ND Médio (10-14)


Última edição por Anfitrião em Seg Jan 10, 2022 4:09 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Episódio 08 - A Torre Táumica   Episódio 08 - A Torre Táumica EmptyDom Dez 05, 2021 9:42 am

o coração de Nick batia acelerado, mais uma vez seu instinto de lutador e a fúria cega o colocavam em uma situação complicada.
Seu ataque havia sido demasiado violento, o regente do lugar que ele apenas pretendia tirar do caminho para encontrar a traidora agora corria risco de vida.
A adrenalina do momento o faz relembrar da cena que presenciara e que o colocava na caça daquela que julgava ter matado seu regente, será que aquilo que acreditava também seria um engano?
Teria a traidora matado o principe por acidente? Pensamentos que no momento o colocavam em dúvida sobre sua missão mas que no momento eram fúteis e serviriam apenas como distração.
Sem tempo a perder o atlante resgata o corpo felino de seu adversário da água e o colocando em terra firme ao lado do braço recém-amputado, saca um rústico kit de primeiros socorros de seu alforge e tenta parar o sangramento costurando o braço de volta no lugar.

Ao ouvir as trombeta soar pedindo reforço tocada pelo pássaro que o rodeava Nick gesticula procurando um gesto apaziguador e tentando fazer entender que a ajudasse sem tempo a perder volta sua atenção aos cuidados com o gato moribundo, Nick se via agora no lugar daquela que considerava traidora mas sem tempo a perder procurava salvar a vida do regente, depois lidaria com as tropas do lugar e com a punição por exceder em seu ataque.

♣ + 2  ♦ +4 ♠ +2 + sobrevivencia +2 + Esforço + 2 (9) = 12

Percebendo que sua tentativa de diálogo seria em vão com os servos do felino moribundo, Nick improvisa os cuidados como pode e deixa o regente de lado e parte de volta pra agua apressadamente, dentro da água o tubarão usa suas
habilidades de nado para tomar impulso e saltar de volta a terra tentando surpreender o pássaro e derrubá-lo na água usando a mesma estratégia que usara para desacordar o líder daquele lugar.

♠ 2 + ♦ 4 + Mordida 1 + Luta 2 + Esforço 3 (6) = 12 pontos.

Após atacar o pássaro servo do felino, Nick se apressa a voltar para a água e repetir a estratégia afim de derrotar o reforço de 6 guardas que vieram ao socorro do pássaro mensageiro daquela aldeia.

♠ 2 + ♦ 4 + Mordida 1 + Luta 2 + Esforço 6 (0) = 15 pontos.


Última edição por nickahnor em Dom Dez 12, 2021 10:10 pm, editado 1 vez(es)
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Iara Werena

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MensagemAssunto: Re: Episódio 08 - A Torre Táumica   Episódio 08 - A Torre Táumica EmptyQua Dez 08, 2021 12:03 pm

Werena vibra com a conquista da torre, ainda afagando Amyt ela acena e sorri para Lótus. Distraída ela nem repara na busca de Yaset, e só se dá conta do perigo adiante quando a regulana parece mais pálida que o de costume e com olhos mergulhados em preocupação. "Estamos vivendo uma guerra, é claro que não teriam paz por tanto tempo". Se despedindo de seus novos amigos ela tira uns minutos para uma atenção especial para Lótus.

- Prometo que quando eu voltar, quero passar uma tarde inteira naquele belo jardim conhecendo cada um dos valorosos duendes folhas viu? - dizia amazona colocando o pequenino de volta ao chão depois de lhe dar um beijinho.

Enquanto escuta as instruções de Yaset, Werena procura por um casaco temendo pelo frio das montanhas de LongShan, ela dá uma limpada em seu escuto e faz uma oração antes de ir para o combate. "Lua mãe de todas, útero e toda vida, ao me nutrir com teu brilho tenho vitória garantida". Uma fina aura prateada contorna o corpo da amazona enquanto ela atravessa o portal e já assume uma postura altiva. Ela esconde seus medos e ergue o espelho num brado.

- Eu sou a Icamiaba! Portadora do escudo espelho, e vou derrubar qualquer um que se opor a mim - ela encara os lacaios - A queda não parece breve, e o terreno me favorece a jogá-los lá para baixo. Desistam!

Usando de seu carisma provocante, ela intimidará os adversários, implantando a dúvida sobre suas capacidades e atacaria de forma incisiva com seu escudo buscando cumprir sua ameaça de empurrá-los para pontos do terreno que os colocasse em risco. Para os que tivessem coragem de atacar de volta, receberiam o ataque refletor do escudo, afastando-os da icamiaba, não era hora de demonstrar piedade. Para cada lacaio jogado para fora da montanha ela o conta em voz alta, para assustar os demais.

- Um já foi! Dois de uma vez? Três... Quatro! Espera ai, quem é esse guerreiro derrubando tantos?

A amazona se espanta com Tyler combatendo os lacaios, deixando seus sentimentos confusos, ele não estava do lado inimigo? Seus olhos procuram por Ban, o alvo de seu resgate. O corpo do monge faz um arrepio subir pelas costas da heroina.

(♣3 + ♦1 + ♥ 3 + Manipulação (+2) + Atraente (+1)  + Misticismo (+2) + Comunhão (+1 ♦) + ♦ (Reflexão) + Esforço + 1 (7))

Diferente dos lacaios, Shang não parece temer as ameaças da amazona, e como um predador de sangue frio busca uma brecha para atacá-la. O salto do traidor faz com que os dois rolem pela neve e Werena se preocupe. Notando já ter certa distância de seus aliados ela convoca os ventos espirituais para tirar o adversário de cima dela. Trazendo seu combate contra Maya a memória, Werena toma consciência do perigo que é ser acertada em cheio, ela opta por fingir que vai atacar para ver como Shang reagiria e se viria para cima dela. Nessa dança perigosa Werena usa o escudo para se defender e quando possível refletir o impacto para afastá-lo e ganhar espaço. Concentrando-se na ligação com a lua para manter seu corpo fortalecido, seu coração pulsou forte, lembrando-se de como era lutar ao lado de suas irmãs e da rede de apoio que agora faria grandiosa diferença contra tantos adversários. Ela da um belo sorriso para seu adversário e aproveita da energia fornecida pelo fé nas ancestrais e libera num golpe poderoso de escudo que brilha em suas bordas, oferecendo a Shang um reflexo de si prestes a ser empurrado.

(♣3 + Misticismo (+2) + Poeira lunar (♣1) + ♦1 + Proteção (♦2) + ♦ (Reflexão) + Comunhão (♦1) + 3 Esforço (4))

Ofegante, a amazona se volta para Ban, afinal sua missão ali não era de derrotar os inimigos, mas salva-lo. Ela busca se aproximar ainda mais dele, quando um ataque de lâmina veloz surpreende Werena, que por pouco não se vê ensanguentada também. Seu casaco por outro lado cai em trapos no chão e seu adversário a encara com uma sede de violência que deixa Werena muito desconfortável. Mentalmente ela reclama "QUero saber o que diabos a Lahyla ficou fazendo com Haermys... Ela seria de grande ajuda aqui". Agora recuperando o ar, a amazona busca transmutar seu desconforto em coragem, e trabalhar  com o que tinha... Outro discurso poderia ter tempo o suficiente para acumular energia taumática.

- Você... Criatura sanguinária, pelo que me lembro... - ela busca a memória as poucas conversas que teve com Ban em Wanayama - Seu nome é Ji não é?! Sugiro que fuja como já fez antes na sua vida, não percebe que virou escravo de outro senhor?! E um que vai te descartar assim que falhar com ele... E sua próxima falha está bem diante de você, Werena a amazona que baniu Tayná desse plano! Quer ser o próximo?

Pontos luminosos começam a se acumular ao redor da amazona que se permite um sorriso debochado para o acólito. Com o dedo indicador ela o provoca chamando-o para o combate.
O sorriso cede para um expressão mais séria, os golpes de Ji eram fulminantes e o solo montanhoso exigia o máximo de concentração para não ter o mesmo destino que os capangas arremessados para fora. Procurando uma brecha oportuna, Werena torna a canalizar a energia de suas antepassadas numa escudada poderosa. Seu objetivo era desequilibrar o adversário, o lançando para a beirada. Seu golpe final seria outra rajada de ventos espirituais, não tão espalhafatosa, já sentia a exaustão de usar tanta energia. Werena abre as palmas das mãos e libera energia suficiente para que a viagem de Ji ao abismo fosse apenas de ida.  

(♣ 3 + ♦ 1 + ♠ 1  + Misticismo (+2) + Comunhão (+1♣) + Poeira Lunar (+1♣) + Proteção (+2) + Reflexão (+4) + 3 Esforço (1) = 18)

[OFF]
Derrotar 4 Lacaios (Médio)
Derrotar Shang (Médio)
Derrotar Ji (Difícil)


Última edição por Iara Werena em Sex Dez 17, 2021 6:43 pm, editado 3 vez(es)
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Mick Fear

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MensagemAssunto: Re: Episódio 08 - A Torre Táumica   Episódio 08 - A Torre Táumica EmptyDom Dez 12, 2021 10:12 pm

A felicidade de conquistar a torre se esvai facilmente quanto Yaset descobre que seus padrinhos estavam em perigo. Parecia que os problemas sempre os encontravam, mesmo quando conseguiam uma nova vantagem.

O trio de heroínas faz planos rapidamente, enquanto as duas madrinhas vão lutar ao lado de Ban, Yaset fica responsável por descobrir o que acontecia com o rei Kitok. Ela rapidamente abre um portal e voa por ele, sentindo a mudança brusca de temperatura entre os dois locais, já que as terras do rei eram muito mais quentes e úmidas.

Com seus olhos aquilinos, a princesa nota uma comoção em terra firme. O exército a postos, mas desordenado ao redor de uma cena estranha: um guerreiro atlante com feições de tubarão saindo do lago, enquanto carregava Kitok e um braço separado do corpo. Yaset quase vomita de preocupação com o rei e sente vontade de voar diretamente para ele, mas teme que uma aproximação repentina assustasse o guerreiro que provavelmente estava ali atrás dela e seus padrinhos.

Por isso, a aquilina flutua devagar até o atlante, com as mãos para cima, mostrando que não era uma ameaça.

— Você está aqui por causa de meu amado Za-har. Assim como tu, desejo vingança por sua morte e posso te contar quem foi o verdadeiro culpado. Mas agora não é hora para isso. Suas ações mostram que é um guerreiro honrado, que não deseja somente matar, mas fazer o que é certo. Vamos colaborar um com o outro para salvar o rei Kitok, depois intercederei por você entre os ferais, para que possa se explicar, e então me explicarei sobre aquele dia. De acordo?

Yaset analisa a medicina rude usada para costurar o membro decepado de volta no lugar, nada comparado às magias de cura de regulus. Um médico profissional de regulus poderia colocar aquele braço de volta no local de forma que não restasse nem cicatriz, mas ela não era uma médica profissional. Seus conhecimentos de cura eram limitados, portando ela espera que sirvam bem o bastante, em conjunto com a costura feita por Nick, para evitar que o rei ficasse sem seu membro, ou algo pior.

Assim, a princesa estende sua mão e usa nós mágicos para alcançar o corpo de Kitok, tentando ensinar ao corpo do regente como aceitar seu membro de volta, regenerando os tecidos necessários para fixá-lo no lugar.

Yaset: ♣4 + 2♣ (Misticismo) + 1(Força Curativa) + 2 (Esforço) = 9
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Tyler Greymane

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MensagemAssunto: Re: Episódio 08 - A Torre Táumica   Episódio 08 - A Torre Táumica EmptySeg Dez 13, 2021 12:24 am

— Delicado você, hein? — Tyler passou a mão no local da pancada, mexendo o queixo e passando a língua nos dentes. Por sorte, nenhum havia caído. — Eu falo a verdade, e... espera...

Olhando para os lados, Tyler ergueu a mão para focar sua vista. Ver que tinha companhia o fez cerrar o outro punho.

— Essa luta só serviu para alertá-los... — o inglês falou cerrando os dentes, precipitando o combate que viria. — Podia ter pegado mais leve, dragão...

Pegando a coroa no chão, o mercenário já a fez se tornar aquele brilhante arco. Uma flecha de luz apareceu em suas mãos, e Tyler fechou os olhos. Assim que aquele grande grupo se aproximou, o mercenário gritou em aviso ao monge aliado.

— Feche os olhos! — em seguida, Tyler disparou a flecha de luz, e se concentrou em seus sentidos de caçador.

No passado, já havia lutado em condições mais adversas. Não seria a primeira vez que teria que enfrentar um desafio sem usar sua visão. Sua sorte é que era naturalmente mais apto com cheiros, sons e... outras coisas mais. Fechou os olhos quando a explosão de luz aconteceu, e partiu para cima; os primeiros que Tyler atacou foram os outros oito lacaios que pareciam mais frágeis. Meros peões. Procurou golpeá-los nas barrigas, girando num chute no queixo e em usar sua força física para esmigalhar seus pescoços, e finalizá-los com um disparo para o alto e uma chuva de flechas.

Mas seu foco não eram os meros lacaios. Eram os traidores.

Mantendo o silêncio e usando movimentações ágeis, ainda com os olhos fechados, Tyler corre na direção de Nefret e Dastan, procurando empurrá-los para fora da bagunça, trombando em seus corpos e os jogando em direção às pedras, para que possam cair e rolar. Sem perder tempo, ele se engalfinha num combate com Dastan, indo para agarrar-lhe nos ombros e dar uma joelhada em suas partes íntimas. Em seguida, com o arco em mãos, ele gira na direção de Nefret e dispara uma flecha-rede nela. Ela era a mais perigosa, Tyler sabia do potencial da oriunda de Wanyama. Já havia a visto em ação. Não poderia deixar ela ficar livre para se transformar.

— Você fica aí presa, meu assunto é com o árabe aqui.

Voltando para Dastan, Tyler tenta girar um cruzado nele, em seguida um soco na face e outro na barriga. Sabendo que pode ser atacado, irá tentar agarrar Dastan e quebrar seu pescoço. O mataria com suas próprias mãos. E usaria seu corpo como proteção contra Nefret, considerando que ela provavelmente escaparia fácil da rede. Se Ban havia a rasgado com sua força física, Nefret o faria com suas garras.

— Ainda bem que você se soltou, seria uma pena te enfrentar presa! — Tyler berrou, jogando o corpo de Dastan pra cima de Nefret.

Esperando o ataque de Nefret, Tyler fechou os olhos e disparou no chão uma segunda flecha de luz. Ambos ficariam sem a visão de novo, mas Tyler lutaria sem ela mesmo. Desfazendo o arco e aproveitando o flash de luz, o inglês avançaria contra sua inimiga para lhe dar uma ombrada e agarrá-la pela cintura quando ela se desequilibrasse. Imaginaria que tomaria golpes, e contava com seu vigor para não sofrer muito do efeito adverso.

Com ela em suas mãos, focaria em lançá-la por trás de suas costas, tentando a fazer cair de cabeça no chão. E usaria o arco novamente, disparando pra cima uma chuva de flechas e girando para sair do alcance do ataque. Caso isso não desse cabo dela, apenas aproveitaria o que "restou" para se jogar sobre ela e golpeá-la com socos até a morte.

TESTES (em ordem de citação):
Derrotar os outros 8 lacaios (Difícil): Destreza 3 + Luta 2 + Foco 1 + Sentidos Aguçados 1 + Flecha de Luz 2 + Chuva de Flechas 1 + Tiro 1 + Físico 4 = 15 + Esforço 3 (Resta 13) = 18
Derrotar Dastan: Destreza 3 + Luta 2 + Foco 1 + Sentidos Aguçados 1 + Tiro 1 + Flecha de Luz 2 + Físico 4 = 15 + Esforço 4 (Resta 9) = 18
Derrotar Nefret: Destreza 3 + Luta 2 + Foco 1 + Sentidos Aguçados 1 + Tiro 1 + Flecha de Luz 2 + Flecha-Rede 1 + Chuva de Flechas 1 + Físico 4 = 16+ Esforço 3 (Resta 6) = 20
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MensagemAssunto: Re: Episódio 08 - A Torre Táumica   Episódio 08 - A Torre Táumica EmptyQua Dez 15, 2021 11:55 am

CONTINUAÇÃO


Werena vibra com a conquista da Torre. Ainda afagando Amyt, ela acena e sorri para Lótus. Distraída, ela nem repara na busca de Yaset. A felicidade de conquistar a Torre se esvai facilmente quando a regulana descobre que seus padrinhos estavam em perigo. Parecia que os problemas sempre os encontravam, mesmo quando conseguiam uma nova vantagem.

"Estamos vivendo uma guerra, é claro que não teríamos paz por tanto tempo". Se despedindo de seus novos amigos, Werena tira uns minutos para uma atenção especial para Lótus.

— Prometo que, quando eu voltar, quero passar uma tarde inteira naquele belo jardim conhecendo cada um dos valorosos duendes folhas viu? - disse, colocando o pequenino de volta ao chão depois de lhe dar um beijinho.

O trio de heroínas faz planos rapidamente, enquanto Lahyla e Haermys permanecem na Torre, Werena vai lutar ao lado de Ban e Yaset fica responsável por descobrir o que acontecia com o rei Kitok. Enquanto Yaset tece os nós da magia que os  levaria aos seus destinos, com a ajuda mágica de seu pai e a hospedeira dele, Werena procura por um casaco temendo pelo frio das montanhas de LongShan.

— Aqui, posso ajudar você – disse Lahyla, retirando um casaco de peles de dentro do Chapéu da Fortuna.

— Lindo! Este casaco é lindo! E você é adorável!

Apesar da momentânea excitação de Werena, ela volta a ficar séria e faz uma oração antes de ir para o combate. "Lua mãe de todas, útero e toda vida, ao me nutrir com teu brilho tenho vitória garantida". Uma fina aura prateada contorna o corpo da amazona enquanto ela atravessa o portal e já assume uma postura altiva.

Yaset olha com receio para Lahyla, está insegura. Acabou de conquistar um feito, mas não pode comemorar a vitória. Teme pelo pior, quase como se tivesse um presságio.

— Ficará tudo bem, minha filha – Lahyla responde, com a voz grave de Haermys — Eu ficarei aqui, de prontidão para auxiliar em qualquer um dos dois conflitos.

A princesa reage afirmativamente e atravessa o portal.

O coração de Nick bate acelerado. Mais uma vez, seu instinto de lutador e a fúria cega colocavam-no em uma situação complicada. Seu ataque havia sido demasiado violento, o regente do lugar que ele apenas pretendia tirar do caminho para encontrar a traidora agora corria risco de vida. A adrenalina do momento o faz lembrar da cena que presenciara e que o colocava na caça daquela que julgava ter matado seu regente, será que aquilo que acreditava também seria um engano? Teria a traidora matado o príncipe por acidente? Pensamentos que no momento colocavam-no em dúvida sobre sua missão, mas que, no momento, eram fúteis e serviriam apenas como distração.

Sem tempo a perder, o atlante resgata o corpo felino de seu adversário da água e o coloca em terra firme ao lado do braço recém-amputado, sacando um rústico kit de primeiros socorros de seu alforje e tentando parar o sangramento costurando o braço de volta no lugar.

Ao ouvir a trombeta soar pedindo reforço, tocada pelo pássaro que o rodeava, Nick gesticula procurando um gesto apaziguador e tentando fazer entender que a ajudasse. Ele não dá muita atenção no momento, focando sua atenção nos cuidados com o felino moribundo. Nick se via no lugar daquela que considerava traidora, mas procurava salvar a vida do regente. Só depois lidaria com as tropas do lugar e com a punição por exceder em seu ataque.

Um portal se abre sobre Nick, trazendo Yaset atravessando-o e sentindo a mudança brusca de temperatura entre os dois locais, já que as terras do rei eram muito mais quentes e úmidas. Com seus olhos aquilinos, a princesa nota uma comoção em terra firme. O exército a postos, mas desordenado ao redor de uma cena estranha: um guerreiro atlante com feições de tubarão saindo do lago, enquanto carregava Kitok e um braço separado do corpo. Yaset quase vomita de preocupação com o rei e sente vontade de voar diretamente para ele, mas teme que uma aproximação repentina assustasse o guerreiro que estava ali atrás dela e de seus padrinhos. Por isso, a aquilina flutua devagar até o atlante, com as mãos para cima, mostrando que não era uma ameaça.

— Você está aqui por causa de meu amado Za-har. Assim como tu, desejo vingança por sua morte e posso te contar quem foi o verdadeiro culpado. Mas agora não é hora para isso. Suas ações mostram que é um guerreiro honrado, que não deseja somente matar, mas fazer o que é certo. Vamos colaborar um com o outro para salvar o rei Kitok, depois intercederei por você entre os ferais, para que possa se explicar, e então me explicarei sobre aquele dia. De acordo?

Surpreendido, Nick-Ahnor olha confuso para Yaset. Suas dúvidas aumentaram com o gesto da traidora, mas assente com a cabeça e mostra o que conseguiu fazer para salvar Kitok. Yaset analisa a medicina rude usada para costurar o membro decepado de volta no lugar, nada comparado às magias de cura de Regulus. Um médico profissional de Regulus poderia colocar aquele braço de volta no local de forma que não restasse nem cicatriz, mas ela não era uma médica profissional. Seus conhecimentos de cura eram limitados, mas ela espera que sirvam bem o bastante, em conjunto com a costura feita por Nick, para evitar que o rei ficasse sem seu membro, ou algo pior.

A princesa estende sua mão e usa nós mágicos para alcançar o corpo de Kitok, tentando ensinar ao corpo do regente como aceitar seu membro de volta, regenerando os tecidos necessários para fixá-lo no lugar. A medicina rudimentar de Nick ajudou ao menos a conter sangramentos, mas a ligação dos nervos era impossível para ele. A magia de Yaset reforça a costura grosseira e impede a hemorragia, ao menos disso Kitok não morreria, mas o ataque sofrido, demasiado violento, só seria vencido com a força de vontade do feral. Só sua vontade de viver poderia trazê-lo de volta. Yaset verifica a pulsação do rei, mas estava cada vez mais fraca. O semblante dela não esconde a preocupação e Nick entende o que estava acontecendo mesmo que ela não dissesse qualquer palavra.

As tropas de Wanyama se aproximavam e Zazel, furiosa e inquieta nos ares, também entende a expressão no rosto de Yaset. Ela pousa perto do corpo, incapaz de conter as lágrimas. A princesa regulana aproxima-se para consolá-la, mas ela voa com fúria na direção de Nick-Ahnor.
Percebendo que sua tentativa de diálogo seria em vão, Nick volta pra água apressadamente. Zazel persegue-o, suas garras quase rasgando as costas do atlante, que mergulha no último instante.Dentro do lago, o tubarão usa suas habilidades de nado para tomar impulso e saltar para o céu, surpreendendo Zazel e a trazendo para a água, onde ela não pode usar seu voo. Comedido desta vez, Nick apenas espera que ela desacorde, mas sem lhe causar maiores ferimentos.

Nick leva uma enfraquecida Zazel para a margem de Wanyama, mostrando à tropa recém chegada que não pretende mais ferir ninguém. Em vão, a Guarda do Wanyama, composta por pelos primos Akachi e Namiri, com totens de guepardo e de leopardo preto, e Madu, o irmão mais novo de Kitok, com totem de leão, partem para o ataque.

O tubarão salta novamente para o lago, na esperança de obter vantagem, mas Akachi, tão veloz quanto Kitok com as Sandálias, impede-o de chegar na água. Impossibilitado de se refugiar e surpreendido com a interrupção do guepardo, Nick não percebe a aproximação de Madu, que usa o Rugido Ancestral, um poderoso ataque sônico herdado pelo segundo da linha de sucessão de Wanyama. Nick é arremessado para dentro do continente, rolando pelo chão e recebendo uma enxurrada de golpes rápidos e precisos de Akachi. Namiri, o último da Guarda de Wanyama, ajoelha-se perto de Yaset, para conferir o estado de Kitok.

— Agradeço a ajuda, princesa, mas uma de minhas especialidades é a magia de cura.

O leopardo concentra-se para curar o corpo, mas era tarde demais. Embora o corpo seja regenerado, a alma de Kitok não está mais neste plano.

— Infelizmente, chegamos tarde…

Namiri se levanta e se une a Akachi e Madu. O trio olha para o corpo morto de Kitok e Zazel desacordada, para se entreolharem em seguida.

***

Em Longshan, Tyler se recobra do soco de Ban.

— Delicado você, hein? — Tyler passou a mão no local da pancada, mexendo o queixo e passando a língua nos dentes. Por sorte, nenhum havia caído. — Eu falo a verdade, e... espera…

— Não me venha com mais truques, bandido.

Olhando para os lados, Tyler ergueu a mão para focar sua vista. Ver que tinha companhia o fez cerrar o outro punho.

— Essa luta só serviu para alertá-los... — o inglês falou cerrando os dentes, precipitando o combate que viria. — Podia ter pegado mais leve, dragão...

— Se isso for algo tipo de armadilha, Tyler, você pagará caro por isso.

Pegando a coroa no chão, o mercenário fez com que ela se tornasse aquele brilhante arco. Uma flecha de luz apareceu em suas mãos, e Tyler fechou os olhos. Assim que aquele grande grupo se aproximou, o mercenário gritou em aviso ao monge aliado.

— Feche os olhos! — em seguida, Tyler disparou a flecha de luz, e se concentrou em seus sentidos de caçador.

— Mas que m…!

No passado, Tyler já havia lutado em condições mais adversas. Não seria a primeira vez que teria que enfrentar um desafio sem usar sua visão. Sua sorte é que era naturalmente mais apto com cheiros, sons e... outras coisas mais. O monge, porém, não compartilhava da mesma vantagem.

— Você me cegou!

Ban desesperou-se e pensou que Tyler havia o traído.

— Isso não vai ficar assim!

Quando a explosão de luz aconteceu, Tyler partiu para os primeiros que chegaram. Meros peões. Desorientados com a cegueira, eram alvos fáceis para o mercenário. Ele os golpeou nas barrigas, girando num chute no queixo e sua força física foi suficiente para esmigalhar seus pescoços. Embora tenha abatido um terço dos capangas, outros dois terços tateavam procurando se proteger e esperar o efeito da cegueira passar. Mas o foco de Tyler não eram os meros lacaios. Eram os traidores.

Mantendo o silêncio e usando movimentações ágeis, ainda com os olhos fechados, Tyler corre na direção de Nefret e Dastan. O mercenário não contava com a vantagem das bioarmaduras que seus antigos companheiros possuem. Os simbiontes, além de concederem proteção e poderes marciais, também dão infravisão ao hospedeiro. A tática de Tyler funcionou com os humanos comuns, mas não com os Acólitos. Percebendo que eles não caíram em sua armadilha, Tyler se engalfinha num combate com Dastan, agarrando-o nos ombros e dando-lhe uma joelhada em suas partes íntimas. A bioarmadura do nômade, porém, protege inclusive esta parte específica do corpo, o que torna o avanço inútil. Pelo contrário, o joelho de Tyler agora está machucado, após o golpe contra uma carapaça dura. Ele se afasta, com o arco em mãos, e gira na direção de Nefret, disparando uma flecha-rede nela. Enfrentar dois Acólitos ao mesmo tempo estava acima de suas capacidades. Ela também era a mais perigosa, Tyler sabia do potencial da oriunda de Wanyama. Já havia a visto em ação. Não poderia deixar ela ficar livre para se transformar.

— Você fica aí presa, meu assunto é com o árabe aqui.

Enquanto isso, Shang e os demais lacaios começam a se recobrar da cegueira. Ji, porém, devido à sua bioarmadura, não havia sido afetado. Ele não tinha grandes desavenças com Ban, até o considerava digno quando lutaram pelo Cinturão, mas agora Longshan tinha outro senhor e ele estava feliz com os poderes que recebeu. O último monge-dragão é um alvo fácil, mas ele logo voltaria a enxergar, precisa ser detido enquanto está em vantagem.

— Não me leva a mal, Ban, mas este lugar não lhe pertence mais. E, pela sua ousadia, tampouco o Cinturão do
Dragão deve permanecer com você.

Ji começa a golpear Ban, que tenta se defender como pode, apesar da cegueira provocada por Tyler. As lâminas de metal alienígena crescem dos braços do antigo dragão de metal e encontram o corpo do dragão vermelho, tingindo a roupa com novos tons carmesins.

— Você é a única coisa que resta da antiga Longshan. Aquele maldito lugar onde fui abusado e perdi a inocência.

Enquanto Ban é espancado por Ji, Tyler continua sua luta com Dastan. O mercenário acerta um cruzado no nômade, em seguida um soco na face e outro na barriga, mas seus socos mal são sentidos pelo Acólito. A carapaça queratinosa protege totalmente o corpo de Dastan, mas este não é seu único poder. Aparando um soco de Tyler com a mão, o olho em sua palma se abre, disparando um raio de calor que queima a mão do mercenário. Tyler se afasta, segurando sua mão fumegante, mantendo distância, mas  Dastan mira com suas mãos para o inglês, disparando diversas rajadas dos olhos em suas palmas. Escondido entre as rochas, Tyler permanece protegido e esperando que o Acólito se aproximasse, mas sabe que não pode demorar, pois Nefret se soltaria em pouco tempo. Incapaz de atingir o ex-aliado de onde está, Dastan aproxima-se, dando a Tyler a oportunidade esperada. Saltando como um lobo do meio das pedras, Tyler agarra Dastan e tenta quebrar seu pescoço. Um golpe com suas mãos poderosas mataria qualquer um, o rinoceronte Jakku já havia sentido a força daqueles braços, mas a proteção queratinosa de Dastan impede que seu pescoço seja torcido. A outra inimiga, usando a cauda escorpiana de sua armadura queratinosa, arrebenta a rede da flecha, avançando em fúria sobre Tyler. O mercenário usa o corpo de Dastan como proteção contra Nefret, o ferrão fincando no meio do olho central do peito do Acólito. O nômade grita com pavor, tamanha a dor e seus movimentos ficam incontroláveis, debatendo-se entre as mãos de Tyler. Quando ele começa a espumar pela boca, é arremessado como um saco de lixo pelo mercenário.

— Ainda bem que você se soltou, seria uma pena te enfrentar presa! — Tyler berrou, jogando o corpo de Dastan pra cima de Nefret.

Enquanto isso, Ban sofre com os golpes de Ji. Agora que os efeitos da flecha de luz de Tyler passaram, ele não está mais em desvantagem, mas também precisa lidar com outros lacaios e seu antigo adversário, Shang, o dragão da água.

— Deixe que os aprendizes liquidem-no – ele tem um sorriso malicioso na boca — Não merece sequer que gastemos energia com ele.

— É verdade. Soldados, acabem com ele.

Os quatro encapuzados amontoam-se sobre Ban, agredindo-o com socos e chutes ininterruptos. O dragão mal consegue se esquivar de um e é atingido pelos outros três. A risada de Shang provoca mais humilhação no dragão vermelho. Até que uma luz paira no meio do ar, tomando a forma de um portal, de onde uma silhueta feminina sai.

— Eu sou a Icamiaba! Portadora do Escudo-Espelho, e vou derrubar qualquer um que se opor a mim – Werena encara os lacaios — A queda não parece breve, e o terreno me favorece a jogá-los lá para baixo. Desistam!

Os soldados de Longshan param imediatamente com a nova adversária. Isso dá a Werena a vantagem de atacar primeiro, de forma incisiva com seu escudo. O primeiro a conhecer o poder da amazona é empurrado e derrubado sobre o precipício, caindo ao som de um grito aterrorizante. Os demais partem como um enxame contra Werena, que contra-ataca com o escudo. Um a um, os soldados caem do mesmo modo que o primeiro. Para cada um deles, a amazona conta em voz alta.

— Um já foi! Dois de uma vez? Três... Quatro!

Shang imagina quem Werena é, pelo que Tayná falava. Precisaria de alguma vantagem sobre a guerreira e aproveitou o momento em que os soldados a atacavam para furtar o Cinturão da Força de Ban. Ele estava quase soltando o artefato do corpo desacordado do monge-dragão, quando percebeu que não foi rápido o suficiente, pois a adversária dava cabo do último soldado. Como um predador de sangue frio, ele salta sobre Werena, fazendo com que os dois rolem pela neve. A dupla cai em um patamar abaixo, onde um dos soldados tentava se segurar e se agarra à perna de Shang, mas o monge apenas dá um chute para a queda mortal do lacaio. Estava para fazer o mesmo com Werena, quando ela convoca os Ventos Espirituais para tirar o adversário de cima dela, arremessando-o alguns metros. Trazendo seu combate contra Maya a memória, Werena toma consciência do perigo que é ser acertada em cheio e opta por fingir que vai atacar para ver como Shang reagiria e se viria para cima dela. O monge draconiano cospe uma gosma ácida sobre a amazona, mas o poder do Espelho é ativado e redireciona o ataque para o próprio Shang. O ataque ácido causa queimação no monge, de um modo que ele nunca sentiu antes, já que pensava ser imune ao próprio ataque, mas Werena sabe que isto é obra do Espelho, que reflete o ataque como se fosse um ataque da própria amazona. Na dança perigosa que se sucedeu, com Shang avançando sem utilizar seu ataque à distância e focando apenas em combate corporal, Werena usa o escudo para se defender e contra-atacando para afastá-lo e ganhar espaço. Concentrando-se na ligação com a lua para manter seu corpo fortalecido, seu coração pulsou forte, lembrando-se de como era lutar ao lado de suas irmãs e da rede de apoio que agora faria grandiosa diferença contra tantos adversários. Ela dá um belo sorriso para seu adversário e aproveita da energia fornecida pelo fé nas ancestrais e libera num golpe poderoso de escudo que brilha em suas bordas, oferecendo a Shang um reflexo de si prestes a ser empurrado. O monge dragão cai no penhasco, desaparecendo nas sombras.

Ofegante, a amazona sobe o penhasco, para chegar até Ban, afinal sua missão ali não era de derrotar os inimigos, mas salvá-lo. Ela se aproxima do aliado desfaleico, quando um ataque de lâmina veloz surpreende Werena, que por pouco não se vê ensanguentada também. Seu casaco, por outro lado, cai em trapos no chão e seu adversário a encara com uma sede de violência que deixa Werena muito desconfortável.

"Quero saber o que diabos a Lahyla ficou fazendo com Haermys... Ela seria de grande ajuda aqui"ela reclama mentalmente.

— Você pode ter derrotado os soldados, o que não é muito difícil, e até o verme do Shang, mas não será párea para mim, um Acólito do Abismo.

Recuperando o ar, a amazona transmuta seu desconforto em coragem. Ela olha fixamente para Ji, enquanto acumula energia táumica.

— Você... Criatura sanguinária, pelo que me lembro – Werena busca a memória das poucas conversas que teve com Ban em Wanayama — Seu nome é J,i não é?! Sugiro que fuja como já fez antes na sua vida, não percebe que virou escravo de outro senhor?! Um que vai te descartar assim que falhar com ele... E sua próxima falha está bem diante de você! Werena, a amazona que baniu Tayná desse plano! Quer ser o próximo?

Pontos luminosos começam a se acumular ao redor da amazona que se permite um sorriso debochado para o Acólito. Com o dedo indicador ela o provoca chamando-o para o combate. O sorriso cede para um expressão mais séria, os golpes de Ji eram fulminantes e o terreno montanhoso exige o máximo de concentração para não ter o mesmo destino que os capangas arremessados para fora.

— Xietsu!

Ji usa seu golpe especial, manipulando diversas lâminas que carrega consigo e dispara contra Werena. Um ataque poderoso amedrontaria qualquer adversário, mas não a portadora do Escudo-Espelho. Esta é a brecha oportuna que Werena procura. Erguendo o Escudo, os projéteis refletem assim que tocam a sua superfície espelhada, sendo redirecionados ao atirador. Surpreendido com seu próprio ataque, Ji mal consegue ver as lâminas penetrando sua armadura. Se fossem lâminas comuns como as que usava quando ainda era um simples monge-dragão, sua bioarmadura o protegeria, mas aquelas eram lâminas feitas do mesmo material biometálico de sua carapaça e as lâminas vencem a proteção queratinosa. O corpo de Ji se agitou com os projéteis e ele se afastou, gravemente ferido. Isso deu a Werena tempo para canalizar a energia de suas antepassadas e ela avançou num poderoso ataque de carga usando seu escudo como aríete. Ji desequilibrou-se mais ainda, mal sabia de onde vinham os golpes. Ele ainda tentou disparar mais uma vez, errando o alvo e Werena aplica seu golpe final com outra rajada de ventos espirituais, não tão espalhafatosa, já sentia a exaustão de usar tanta energia. Werena abre as palmas das mãos e libera energia suficiente para que a viagem de Ji ao abismo fosse apenas de ida. A última coisa que Werena vê é Ji retrair as garras de seus antebraços, ele é engolido pelo abismo, mas a amazona sabe que aquele não é seu fim.

Enquanto isso, a Acólita restante, Nefret ataca Tyler. O mercenário disparou mais uma vez. A flecha atingiu em cheio a feral, fazendo com que recuasse passos atrás, mas Tyler não dá trégua e avança correndo para atingi-la com o ombro. Ele a agarrou, prendendo seus braços ao corpo, dentro de seu abraço, mas a cauda de Nefret é sua melhor arma. Livre, o membro extra atinge as costas de Tyler, injetando o veneno e fazendo com que o mercenário a largasse imediatamente. Ele cambaleou, quase chegando ao precipício. Nefret, como se desfilasse, mirando o mercenário nos olhos, aproximou-se pronta para empurrá-lo abismo abaixo. O efeito do veneno faz com que Tyler seja um alvo fácil e, com um simples chute, ele é arremessado no penhasco. Nefret vira-se, vendo Werena terminar com Ji, mas não tem tempo de chegar à amazona. O inglês, em queda livre, disparou uma última flecha-corda, prendendo-se à cintura da Acólita. Com dificuldade, Tyler escalou usando o corpo de Nefret como apoio e agora, totalmente dominada pela flecha, ela é quem é o alvo fácil. Largando o Arco para manter a corda ativa, Tyler montou na feral e passou a golpeá-la incessantemente, até que a inimiga desfalecesse. Ele mesmo estava quase desmaiando, quando foi acudido por Werena.

A amazona se espanta com Tyler combatendo os Acólitos, deixando seus sentimentos confusos, ele não estava do lado inimigo? Seus olhos procuram por Ban, o alvo de seu resgate. O corpo do monge faz um arrepio subir pelas costas da heroína.

— Homens! Terei de resgatar os dois – disse, arrastando-os portal adentro para a Torre — Lahyla, precisaremos de cuidados médicos para estes dois. Ban foi espancado até a inconsciência e o mercenário foi envenenado.

— Mas este não é um inimigo?

— Eu também pensei isso, mas ele estava ajudando Ban e derrotou seus antigos comparsas.

— Está bem, darei o benefício da dúvida. Vamos levá-los ao porão, o esqueleto poderá nos ajudar a curá-los.

***

Em Wanyama, Nick se vê frente a um julgamento improvisado. A Guarda de Wanyama presenciou a morte do rei e deve decidir o que fazer.

— Ele deve ser morto – diz Madu — Matou meu irmão!

— Eu conversei com o espírito de Kitok – revelou Namiri — Ele está em paz agora e me contou tudo. Morreu em um combate justo de qualquer maneira.

— Isto não interessa – interrompeu Zazel — Ele é um invasor e um assassino, deve receber pena de morte!

— Acho que é melhor chamar o conselho – Akachi quebrou o silêncio.

— Prometi ao atlante que deixaria que desse explicações – Yaset se manifesta — Alguém aqui conhece magia mental para servir como seu porta-voz?

— Melhor levá-lo ao Palácio – responde Akachi — Enquanto vocês chegam lá, eu convocarei o conselho.

Nick é escoltado por Madu e Namiri, sendo acompanhado de perto por Zazel e Yaset, voando sobre os três. Quando o grupo chega ao Palácio, Akachi já os esperava com os líderes de cada uma das três tribos restantes: Jakku, dos Kwato, amigo pessoal de Kitok; Nyx, dos Bawa, a quem Yaset deve o aprendizado das magias de Wanyama; e Magamba, dos Kafi, que estava insatisfeita com Kitok desde a morte de seu filho, Kuo, amante de Nefret. Namiri põe todos a par dos acontecimentos, narrados diretamente do além pelo espírito de Kitok.

Zazel conversa com Nyx para convencê-la a vingar a morte de Kitok, conquistando um voto do conselho. Jakku vota concordando, sentindo a falta do amigo. E Madu, representando os Kucha, é o mais favorável à pena de morte. Magamba, porém, após conversar mentalmente com Nick, entendeu tudo o que o tubarão disse e revelou ao conselho que o atlante veio com o objetivo de vingar a morte do próprio rei deles. Ela discursou expondo tudo, mas o mais chocante foi quando disse que, se Nick fosse morto como queriam as demais tribos, Yaset também deveria ser morta pelos mesmo motivos.

— Isto é um absurdo – gritaram todos em uníssono.

Magamba continuou, desta vez, concordando com os demais e assim pediu para que Namiri confirmasse o combate justo e dentro de Wanyama entre Kitok e Nick.

— Vejam, as leis de Wanyama são claras: qualquer um pode desafiar o rei e assumir seu lugar se vencê-lo em combate justo. Este é o caso – disse Magamba.

— A senhora está caduca – rebateu Madu — O invasor sequer é um feral.

— Não? Olhem para o aspecto dele. Se ele não é feral, ele é humano? Ele é muito parecido com os meus parentes. Sua boca cheia de dentes, pele áspera e tatuagens diferentes das nossas, é verdade, mas que ainda guardam semelhanças. Este homem pode não ser de Wanyama, mas não deixa de ser um feral. As leis se aplicam a ele.

Namiri, Akachi e Nyx se entreolham. Magamba estava com a razão. Madu e Zazel são irredutíveis, enquanto Jakku se abstém. Ele havia se tornado líder a pouco tempo, não esperava tomar uma decisão dessas. A senhora dos Kafi insistiu, convencendo os três hesitantes, para contragosto dos demais. Assim, foi declarado que Nick-Ahnor, o feral de além das terras sagradas de Wanyama venceu em combate justo o rei, tornando-se o novo regente dos ferais.

Nick-Ahnor, caçador tubarão de Atlântida, em missão para a honra atlante, tornou-se rei de Wanyama, mas não só isso, herdou também a responsabilidade como compadre de Yaset, obtendo as Sandálias da Velocidade.

— Sei que é muita coisa para absorver, Nick, mas agora devo me explicar sobre o que aconteceu com Zahar.

Yaset abre seu coração com sinceridade e Nick compreende isso, aceitando a versão da princesa. Ela o convida a conhecer os demais, levando-o à Torre, onde encontra Lahyla e Werena, apreensivas.

— O que aconteceu?

— Ban está muito ferido – respondeu Lahyla.

— E temos uma nova companhia – disse Werena.

— Eu sei que pode parecer estranho, mas estou do lado de vocês – Tyler se apresentou.

[RESOLUÇÃO]
- Salvar Kitok: ND Médio (10-14): Um sucesso diminui o teste de morte em um nível.
Nick & Yaset: ♦ +4 + Sobrevivência (+2) + Esforço 3 (Saldos 8 Nick; 9 Yaset) + ♣ 4 + Misticismo (+2) + Força Curativa (+1) = 19.
Sucesso! Nick & Yaset ganham 1 XP.

- Convencer a Morte (apenas Kitok): ND Fácil (6)
Kitok: ♥ 1 + 1 Atraente + 0 Esforço = 2.
Falha! Kitok morre.

- Derrotar Zazel, ND Médio (10)
Nick: ♠ 2 + ♦ 4 + Luta 2 + Esforço 2 (Saldo 6) = 10 pontos.
Sucesso! Nick ganha 1 XP.

- Passar pela Guarda de Wanyama: ND Difícil (16)
Nick: ♠ 2 + ♦ 4 + Mordida 1 + Luta 2 + Esforço 6 ( Saldo 0) = 15 pontos.
Falha! Nick não ganha XP.

- Derrotar 8 Lacaios, ND Difícil (18)
Tyler: ♠ 3 + Luta 2 + ♣ 1 + Sentidos Aguçados 1 + Flecha de Luz 2 + Chuva de Flechas 1 + Tiro 2 + ♦ 4 = 16 + Esforço 3 (Saldo 13) = 19
Sucesso! Tyler ganha 1 XP.

- Derrotar Dastan, ND Difícil (18)
Tyler: ♠ 3 + Luta 2 + ♣ 1 + Tiro 2 + Flecha de Luz 2 + ♦ 4 = 14 + Esforço 4 (Saldo 9) = 18.
Sucesso! Tyler ganha 1 XP.

- Derrotar Nefret, ND Difícil (18)
Tyler: ♠ 3 + Luta 2 + ♣ 1 + Tiro 2 + Flecha de Luz 2 + Flecha-Rede 1 + ♦ 4 = 16 + Esforço 3 (Saldo 6) = 18.
Sucesso! Tyler ganha 1 XP.

- Derrotar 4 Lacaios, ND Médio (12)
Werena: ♣ 3 + ♦ 1 + ♥ 3 + Manipulação (+2) + Misticismo (+2) + Comunhão (+1) + Reflexão (+4) + Esforço 1 (Saldo 7) = 17.
Sucesso! Werena ganha 1 XP.

- Derrotar Shang, ND Médio (12)
Werena: ♣ 3 + Misticismo (+2) + Poeira lunar (+1) + ♦ 1 + Proteção (+2) + Reflexão (+1) + Comunhão (+1) + 3 Esforço ( Saldo 4) = 14.
Sucesso! Werena ganha 1 XP.

- Derrotar Ji, ND Difícil (18)
Werena: ♣ 3 + ♦ 1 + ♠ 1 + Misticismo (+2) + Comunhão (+1) + Poeira Lunar (+1) + Proteção (+2) + Reflexão (+4) + 3 Esforço (Saldo 1) = 18.
Sucesso! Werena ganha 1 XP.

[OBJETIVOS DA CENA FINAL]
- Yaset, Lahyla, Werena e Ban precisam convencer Nick e Tyler a serem padrinhos da Criança Solar.
- Nick e Tyler precisam convencer Yaset e os demais a permanecerem com os artefatos.
- Cada um de vocês pode usar um argumento/fala por ponto de ♥ e os bônus relacionados (como Manipulação e Atraente), além dos Pontos de Esforço restantes.
- Vocês podem fazer quantas postagens forem necessárias aqui, expondo para todos os demais.
- Cada participação valerá 1 XP.
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Episódio 08 - A Torre Táumica Empty
MensagemAssunto: Re: Episódio 08 - A Torre Táumica   Episódio 08 - A Torre Táumica EmptyQua Jan 05, 2022 4:59 pm

FINAL

Torre de Táumica, semiplano particular.

Yaset convida Nick-Ahnor a conhecer os demais padrinhos, levando-o à Torre, onde encontra Lahyla e Werena, apreensivas.

— O que aconteceu?

— Ban está muito ferido – respondeu Lahyla — Eu vou cuidar dele.

— E temos uma nova companhia – disse Werena.

Olhando para aquelas várias pessoas que, no geral, já foram suas inimigas, e juradas de morte por ele, Tyler pensou muito em recuar. Em sacar sua arma e tentar levar vários junto a ele, mas a situação agora era outra. Precisava mostrar a ameaça que Turk representava. Yaset estava calada até então, ainda abalada com mais uma perda, enquanto mais um padrinho estava ferido, e agora dois assassinos estavam a sua frente como possíveis novos aliados. Ela conseguia perdoar e entender a situação de Nick, que agira como soldado, mas seria mais difícil se acostumar com Tyler, já que ele integrara o grupo que matou Zahar.

— Cavalheiros, damas... — o inglês pensou em completar com "monstros", mas não cairia bem. — Parece até estranho estarmos falando numa posição de igualdade. Como disse ao dragão, minha fama me precede. Se estou aqui, é por que preciso de ajuda.
Com a Coroa Atlante em mãos, ele mostra para todos o artefato, como um aventureiro que recuperou um tesouro há muito perdido.

— Essa coroa eu roubei do covil de Turk. Os experimentos que ele está fazendo são bastante assustadores. Ele conseguiu, de alguma forma, criar aquelas armaduras bizarras, e manipulou todos os meus amigos. Por mais que eu seja quem vocês sabem bem o que sou, eu me importava com meus companheiros, e Turk os tirou de mim. Manipulou a mim e a eles, e por isso fugi, antes que ele fizesse algo comigo.

— Eu não gosto de você, mercenário, mas se realmente quer derrotar aquele servo de lemurianos, confiarei em você – diz Yaset.

A feição pacífica de Nick-Ahnor muda para uma expressão de fúria. Por um momento, o tubarão lança seu olhar para os presentes da sala e, por fim, para os olhos da princesa regulana a seu lado. Com um leve rosnado, ele avança em direção ao inglês tomando velocidade como uma locomotiva. Werena, que estava prestando atenção no mercenário, ainda impressionada e interessada por sua performance em LongShan, se assusta ao ver o ataque do atlante, ela gritou erguendo o escudo de forma apressada.

— PARE POR FAVOR!

Os joelhos de Werena oscilam e seus olhos buscam Yaset para socorrê-los. Tyler, ao ver que Nick estava indo em sua direção, girou a mão com tudo para transformar a Coroa em Arco. Fez surgir ali uma flecha-rede, saltando para trás e fugir do furioso tubarão, tentando disparar a rede para segurar Nick.

— É esse seu plano!? Me atacar, tubarão!? Eu estou em paz!

Yaset voa na direção de Nick e usa o poder do Manto para torná-lo intangível e evitar que cause danos aos outros padrinhos.

— Acalmem-se! Vamos tentar resolver tudo com conversa. O Arco Lunar que você carrega, Tyler, é um item importante para a cultura atlante, servindo de coroa para os reis. Estaria disposto a ceder o arco para Nick, que tem mais direito de portá-lo? Em troca, o Rei Nick poderia ceder-lhe as Sandálias Mercurianas, que ainda serão de grande utilidade para um caçador como você. Quando todos estiverem com os devidos artefatos, poderemos iniciar o ritual.

Com a intervenção de Yaset, o tubarão para e acena positivamente com a cabeça para sua proposta e se vira para o inglês, com o semblante ainda selvagem, esperando por sua resposta. Tyler arregala os olhos com a proposta de Yaset. Todo o trabalho que teve para furtar o arco serviria... para nada!?

— Essa é uma proposta indecente, se me permite dizer. Tive muito trabalho para tirar isso das mãos de Turk... e como posso saber que não irão simplesmente me trair? Eu estou dando minha palavra de confiança, e vocês estão, em troca, tentando tirar algo poderoso de minhas mãos!

O inglês continuava recuado, os braços meio abertos e a postura inclinada. Estaria disposto a proteger aquilo com tudo o que pudesse.

— Se não confia em nós, como espera que confiemos em você? Estamos todos arriscando algo aqui. Eu preciso que todos os artefatos tenham portadores para fazer meu filho nascer. Nada é mais importante para mim do que isso! Não estou "tentando tirar algo poderoso de suas mãos", estou propondo uma troca: a Coroa Atlante pelas Sandálias que o deixarão tão veloz quanto um raio!

— Tyler... Por favor, seja razoável, eu me coloquei na frente de um brutamonte por temer por sua vida. Te salvei te LongShan. Você me deve confiança – Werena segura firme em seu ombro.

O olhar dele ainda era fixo em Nick. O inglês claramente estava acuado. E poderia aprontar qualquer coisa.

— Eu sou um atirador de elite. E sou plenamente capaz de usar este arco. Pergunte ao Ban, ele me viu usar!

— Faz sentido... Por esse lado. Nick, você agora é Rei de Wanyama, precisa pensar no bem do coletivo acima de tudo – os sentimentos de Werena ficavam confusos, não sabia mais do lado de quem advogar.

A insistência em permanecer com o item só aumenta no atlante sua antipatia e desconfiança pelo inglês. O argumento seria válido não fosse o fato de que estavam discutindo a posse de um item que não era deles. O tubarão, mais uma vez, lança o olhar para Yaset esperando uma solução para aquele impasse. A mulher que protegia o inglês apela para a compreensão de Nick e aquilo o faz hesitar por um instante pensando no papel que teria dali pra frente. Mesmo assim, aproveitando a forma etérea, o atlante lança um olhar para Werena, assente com a cabeça o argumento da amazona e a atravessa para ficar frente a frente com o inglês.

Tyler recua mais alguns passos. Seus olhos fitavam diretamente os olhos de Nick, sem nem ao menos piscar. Sempre buscava agir assim em situações onde estava claramente em desvantagem. Mantinha o olhar de um predador, e segurava mais firme suas armas.

— Eu sei que consegue entender o que digo, tubarão. Essa arma será mais útil em minhas mãos do que em suas. Sou um atirador, você é a força bruta. Força bruta combina melhor com a velocidade que as sandálias te oferecem. Eu sou tático, o arco combina mais com o meu estilo.

Tyler olha bem o corpo de Nick, vendo que ele realmente era bem grande em todos os sentidos. Sua mente gritava para chamar ajuda, mas seus olhos, salvo o rápido desvio no corpo, voltavam a encarar diretamente o novo rei.

— Você é o rei. Está pensando apenas em si, ou em seu povo? Acha que não sou confiável para manusear este arco? Acha que irei fugir por aquela porta? Eu arrisquei coisas demais, traí aquele que era meu superior e me uni àqueles que eram meus inimigos, tubarão. Eu sei que esse item não é meu, mas sei também que, na situação em que estamos, é melhor que eu o use. Não subestime Turk. Eu vi o que ele tem.

Nick para frente ao inglês, sentia-se bem vê-lo recuar. A bravata de antes se tornava agora um discurso de convencimento e se ele estivesse sendo sincero não deveria ser problema levar o artefato de volta a sua terra depois que tudo aquilo acabasse. O tubarão assente com o argumento do inglês com um gesto de cabeça olhando em seus olhos e depois volta o olhar para Yaset repetindo o gesto. Ele a encara esperando uma decisão, se ela queria ser a líder daquele grupo então cabia a ela decidir como prosseguir.

— Então estamos decididos de que Tyler portará o Arco até derrotarmos Turk. Depois disso, o arco deverá ser devolvido aos atlantes. Tempos desesperados pedem medidas desesperadas. Talvez em um outro momento nunca seríamos aliados, mas não vejo outra forma de vencermos o maldito Turk. Não prometo que seremos amigos, mas pelo menos teremos vingança por Regulus, Longshan, Wanyama, Yaci-Taperê, Atlântida e por todos os nossos entes caídos — Ela olha cada um de seus padrinhos nos olhos, e por último para Nick e Tyler.

Empurrando Tyler para outro aposento, percebendo que o clima poderia deixar de ser diplomático, Werena deixa Yaset e Nick a sós.

— Venha comigo, vamos até Lahyla e ver se ela progrediu com os cuidados de Ban.

Nick se aproxima de Yaset, aponta para as sandálias e depois para si e lança um olhar como pedindo permissão. Antes que a regulana esboçasse qualquer reação, o tubarão se curva e apoia um de seus joelhos na terra ficando quase da mesma altura de Yaset. Por um momento, encara seus olhos e, então, baixa a cabeça, colocando seu braço direito rente ao peito em sinal de respeito e aceitação de sua liderança. Quando o tubarão se curva, Yaset se assusta antes de entender o que ele queria dizer. Então a princesa também faz uma reverência, mais elegante devido aos anos de treino na corte, reconhecendo-o como um rei.

— Será uma honra tê-lo ao meu lado, Rei dos Ferais – diz Yaset.

Werena e Tyler sobem para o andar dos quartos. Embora, quando Werena, Yaset e Lahyla exploraram a Torre existisse só o antigo quarto de Haermys, agora bastava a proprietária da residência definir o número de aposentos do terceiro andar. Uma porta para cada um dos padrinhos foi criada, com o símbolo planetário e uma silhueta estilizada deles. Porém, não haviam portas para Nick ou Tyler, ainda. A dupla chegou à porta de Marte, com a figura de Ban portando o Cinturão da Força, dentro do quarto, Lahyla cuida do monge dragão, auxiliada pelos ratos da cozinha, criaturas que reconhecem a dançarina como sua mestra. As pequenas criaturas deixaram de usar aventais para usarem jalecos, e sua líder deixou de usar um chapéu de chef de cozinha para usar um quepe de enfermagem. Assim que os dois entram na sala, Ban recobra a consciência de forma abrupta.

— Aaaarrrgghhhhhhh!!!

Ele tenta se levantar mas rapidamente sente suas costelas arderam e o ar ser expulso dos seus pulmões. Deitando novamente, ele encara a cena ao seu redor, seus agressores haviam desaparecido e o cenário também era diferente. Não mais estava em Longhshan. Alguns rostos ali eram conhecidos, outros eram estranhos e fugazes, pareciam estar discutindo algo, mas ele não se sentia em posição de opinar muito.

— Que o demônio da montanha carregue Ji e enterre até o pescoço em uma latrina. Alguém me dê uma bebida.

— E nosso maior guerreiro acaba de acordar... De nada por te salvar. Quase não saímos vivos da montanha - diz Werena suspirando. Você não tinha derrotado Ji antes? O que aconteceu?
Ban pisca com força para tentar desanuviar a mente da dor constante, claramente tinha múltiplas fraturas no corpo e talvez uma leve hemorragia interna. Vagarosamente, ele vira a cabeça para poder focar o olhar em Werena.

— Obrigado, Amazona. Você está certa, sou o melhor guerreiro aqui e Diwu já havia derrotado Ji, porém não o matou, o nobre dragão queria retirar informações do desgraçado antes de finalizar sua existência podre – Ao mencionar Diwu, Ban se lembra do Cinturão e leva a mão automaticamente até ele. Ao sentir o metal frio da Relíquia, ele suspira aliviado. Estava explicado o porquê daqueles inúmeros ferimentos ainda não o terem matado — O Mago humano tirou a vida do campeão de Longhshan! Ah, como eu gostaria de segurar seu coração pulsante em minhas mãos – Os olhos de Ban lacrimejam de ódio.

Werena observa o monge, e a ideia de segurar um coração a perturba. Alisando a cabeça de Ban, ela segura sua mão e tenta confortá-lo.

— Ban, entendo o seu ódio e sei a potência dele como combustível. Apenas tome cuidado para que ele não o consuma. Lutamos pela perpetuação da vida, pelo fim desse ciclo destrutivo que Turk insiste em alimentar.

As palavras da guerreira tocam Ban. Ele aperta levemente a mão dela e sussurra.

— Você tem razão, obrigado – Subitamente uma nova onda de dor emana de seu abdômen e ele ruge

— AAARRRGGHHHH, ALGUÉM ME ARRANJE UMA BEBIDA E UM MÉDICO POR MIL DIABOS!

— Heh, nem parece o mesmo que quase me arrancou um dente — Tyler gargalhou, ainda pouco zonzo pelo veneno que tomou.

Yaset e Nick entram no quarto.

— Como está, Ban?

— Pronto.

— Ele recebeu meus cuidados – diz Lahyla — Deve se recuperar totalmente em breve, mas já pode levantar.

— Não querendo apressar, mas eu espero há algum tempo por isso – diz Yaset, olhando para o ovo solar.

— Entendemos, princesa – Werena é a mais solidária.

— Então, podemos dar início ao ritual?

— Podemos, o Cinturão está de prontidão – Ban se ergue prontamente.

Os padrinhos são levados por Yaset até o centro da sala principal da Torre Táumica. Lahyla, sob o comando de Haermys, desenha um círculo mágico no chão, com dois triângulos inscritos no círculo, opostos, formando uma estrela de seis pontas. Os padrinhos são dispostos um em cada vértice do triângulo, e o ovo no exato centro do círculo. Lahyla começa o ritual, recitando uma prece com a voz de Haermys, numa língua que nem mesmo Yaset conhece. Os artefatos emitem um brilho tênue, cada uma com uma cor específica. A coroa brilha mais intensamente.

— Cada um de vocês cumprirá seu papel e desejará uma benção à criança. Arqueiro, você precisa ser o primeiro, atire uma flecha para o alto – Haermys ordena.

— Que ele seja sempre certeiro nas suas decisões – Tyler acata o pedido e atira a flecha.

A flecha rasga o ar em direção ao alto, o projétil tem a energia concentrada como o deus arqueiro Apolo tem concentrada a energia do Sol no seu arco e flechas.O objeto desaparece no alto e volta, acertando o ovo em cheio, produzindo uma primeira rachadura. Ao mesmo tempo, as Sandálias de Nick brilham com mais intensidade e o atlante, quase como por instinto, corre ao redor do ovo. A velocidade do padrinho é tão alta que as rachaduras se multiplicam. Nick-Ahnor corra tanto quando o deus da velocidade Hermes, que também era o deus da sorte e é esta palavra que vem à mente do atlante.

— Srte – Nick não pode falar, mas emite um grunhido que quase pode ser compreendido.

O brilho do Escudo de Werena fica mais forte e ela é quase arrastada até o ovo, protegendo-se dos fragmentos da casca. O ovo, totalmente sem casca, é apenas uma esfera luminosa, que Werena acomoda na parte interna do Escudo.

— Que sua bondade reflita em justiça – Werena fala quase como falaria aqueles que estão sob a proteção de Athena e sua égide.

Agora é a vez do Cinturão emitir um brilho mais forte. O brilho percorre o corpo de Ban e ele entende que precisa erguer o Escudo. Ajoelhado com o escudo em seus braços, na mesma posição que o mítico Atlas é retratado.

— Que tenha a força de mil exércitos – Ban abençoa quando ergue o Escudo.

Lahyla não espera o brilho do Chapéu se intensificar, ela já sabia que era sua vez. Com um gesto, meteu a mão dentro da parte interna do artefato, puxando de lá uma chuva de estrelas que despejou sobre a Criança-Luz, como se a batizasse com o néctar dos deuses, tal qual Ganímedes, o copeiro de Zeus.

— Que sua luz afaste as trevas dessa dimensão – Lahyla também abençoou a criança.

Falta apenas Yaset. A mãe, instintivamente, retira seu manto e cobre a esfera.

— Que nenhum mal lhe encontre – desejou a mãe, retirando a criança das vistas de todos, assim como Hades costumava desaparecer entre os deuses.

Um embrulho é formado nos braços dela e um choro pode ser ouvido. Yaset revela o rosto da criança, ao mesmo tempo que uma lágrima escorre de rosto até encontrar o sorriso de seus lábios. Seu filho finalmente nasceu e a primeira coisa que ela diz é seu nome.

— Bem-vindo, meu filho, bem-vindo, Ya-Bel.


[EXPERIÊNCIA]
XP ganhos:
Yaset: 5
Ban: 2
Nick: 5
Lahyla: 2
Werena: 7
Tyler: 6

XP total:
Yaset: 12
Ban: 5
Nick: 5
Lahyla: 4
Werena: 10
Tyler: 6
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